São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 2008

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

"Não somos loucos"

Por aqui, os títulos reproduzem agências ocidentais e, através delas, as autoridades georgianas. Nos EUA, também o "Washington Post" e outros priorizam a AP, com a frase do presidente georgiano, "não somos loucos", ao anunciar suposto cessar-fogo.
Já o "New York Times", com dois correspondentes na Geórgia, dois na Rússia e mais um em Washington, seguia ontem o avanço russo para Gori, "cidade vital" -e onde Stálin nasceu. Sublinhou o "alarme" em Washington e a ameaça de "guerrilha" do presidente georgiano, que fala sem parar ao Ocidente. Ao fundo, em sites como Drudge e o "Telegraph", destaque aos "líderes georgianos" que falavam de um ataque russo ao oleoduto que abastece o Ocidente.

BOLHA "ESTOUROU"
Jornais europeus fecharam a semana passada bradando que a "bolha do petróleo estourou" e festejando que o conflito na Geórgia não elevou os preços, sexta.
Mas o "Wall Street Journal", ontem em título, avisava que "cai o petróleo, sobem as ações... mas não aposte nisso". As commodities podem até seguir baixando, mas nada indica que as Bolsas venham a ser beneficiadas.

"ECONOMIST" ERROU
A "Economist" que saiu um dia antes do conflito na Geórgia dizia que, "se não é o prelúdio para uma guerra, arrisca ser confundido com um". E assim foi, com seu site acrescentando, com ironia, "Guerra, aparentemente".
Mas horas antes do ataque à Ossétia pelas forças georgianas, a Economist Intelligence Unit deu um texto equivocado apostando que a Geórgia "não quer guerra".

"WSJ" & OBAMA
John McCain partiu de imediato para o ataque à Rússia -e a campanha de Barack Obama comentou que um assessor do republicano atuava como lobista da Geórgia em Washington. E ontem o republicano já descrevia o democrata como "em sincronia com Moscou".
Se McCain apela à direita no exterior, Obama marca pontos entre conservadores, em economia. O "Wall Street Journal" deu editorial elogioso ao democrata por apoiar o dólar forte para conter o preço da gasolina.

TEMOR PELA BOLÍVIA...
Sites do Brasil, com agências, noticiavam ontem as pesquisas confirmando a vitória de Evo Morales no referendo. O "NYT", um dia antes, ressaltou que ela "fortaleceria" o boliviano, mas também que ele enfrenta até pedido de "intervenção das forças armadas", apresentado pelo prefeito de Santa Cruz.

E PELA ARGENTINA
O argentino "Clarín" publicou ontem o texto "Temores de Lula e de Washington" com o que "acontece aqui". Por exemplo, com o "rumor" de renúncia de Cristina Kirchner, em julho. Agora, o medo de Brasil e EUA se relaciona à inflação -e a alguma reação intempestiva do casal que perdeu poder.

O ETERNO RETORNO
Michel Filho/"O Globo"
Brilhante Ustra, "acusado de tortura", ocupou a capa do "Globo" na sexta. E Kennedy Alencar, ontem na Folha Online, deu que Lula "avalia punição" aos oficiais da ativa presentes ao Clube Militar, ao lado do coronel

O QUE ESTÁ EM JOGO
O "Chicago Tribune", da cidade também candidata aos Jogos de 2016, deu longa reportagem com Lula em Pequim, detalhando a "estratégia do Brasil" e dizendo que ele já "elevou a temperatura da corrida".
Por outro lado, a Veja.com deu que a Record dirigida por Honorilton Gonçalves, também presente na China, "driblou a Globo" e comprou os direitos de transmissão dos Jogos Pan-Americanos no México, em 2011. A Record comprou antes os Jogos de Inverno de 2010, no Canadá, e os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres.


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@ - Nelson de Sá



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