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PF indicia ex-diretor de RH do Senado por três crimes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ex-diretor de Recursos Humanos do Senado João Carlos
Zoghbi foi indiciado ontem pela Polícia Federal pelos crimes
de concussão (extorsão praticada por funcionário público),
inserção de dados falsos em sistemas de informação e formação de quadrilha.
Ele foi responsabilizado pela
atuação no mercado de empréstimo consignado em folha
de pagamento de servidores da
Casa. Segundo a PF, Zoghbi autorizou negociações acima do
limite permitido -30% dos
rendimentos de cada funcionário- para favorecer a empresa
do filho Marcelo, a Contact Assessoria de Crédito Ltda.
Registrada em nome de uma
ex-babá do ex-diretor do Senado, a Contact era recomendada
por ele a servidores para intermediar as negociações -com o
benefício de ter o empréstimo
acima do permitido. De acordo
com o Senado, o mercado de
crédito consignado na instituição movimentou R$ 1,2 bilhão
nos últimos três anos.
Zoghbi prestou depoimento
ontem pela manhã. Se condenado, a pena máxima pode resultar em 23 anos de prisão.
Antônio Carlos de Almeida
Castro, advogado de Zoghbi,
alega que não havia no Congresso um limite estipulado para o empréstimo consignado.
Castro diz que não há ligação de
Zoghbi com os bancos que concediam empréstimos.
O ex-diretor é o primeiro dos
envolvidos nos escândalos do
Senado a ser indiciado pela PF.
Em abril, ele havia sido indiciado pela Polícia Legislativa (que
também apurou o caso) pelos
crimes de formação de quadrilha e falsidade ideológica.
A investigação da PF deve ser
concluído ainda neste mês
-outras cinco pessoas devem
ser indiciadas, segundo o órgão.
(LUCAS FERRAZ)
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