São Paulo, terça-feira, 11 de setembro de 2001 |
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SUCESSÃO NO ESCURO Real teria recobrado sentimento trazido pelos anos JK FHC volta a comparar sua gestão à esperança da era JK
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O presidente Fernando Henrique Cardoso aproveitou as comemorações do centenário de nascimento do presidente Juscelino Kubitschek para promover o seu próprio governo. Segundo FHC, seu governo e o de JK têm em comum o fato de terem dado um "sentimento de esperança" à população brasileira. "Penso que o sentimento de esperança sintetiza bem o que Juscelino significou para o Brasil", afirmou o presidente, lembrando que, depois de JK, o país ingressou em "longo período autoritário", do qual saiu nos anos 80. "O Brasil retomou essa esperança ao conquistar a estabilidade com o Real, ao dar impulso a um novo ciclo de transformações e reformas que nos dá melhores condições de enfrentar os desafios do século 21, ao manter-se na rota do crescimento, da justiça social, dos direitos humanos, na afirmação da cidadania, na recuperação do emprego", afirmou FHC em nota de duas páginas divulgada ontem. Juscelino Kubitschek nasceu em 12 de setembro de 1906 e morreu em 22 de agosto de 76, num acidente de carro. A programação da "Semana JK" foi iniciada ontem, no Museu da República, no Rio. Prossegue hoje e amanhã em Brasília, nos dias 13, 14 e 15 em Diamantina (MG, cidade natal de JK) e termina no dia 15 em Belo Horizonte. Antecedência FHC lançou as comemorações do centenário com um ano e meio de antecedência, em 20 de março do ano passado, para antecipar-se a uma possível iniciativa nesse sentido de parte do governador de Minas Gerais, Itamar Franco, seu adversário político. Em setembro, FHC presidiu a cerimônia de instalação da comissão organizadora das comemorações, no Memorial JK. "Afirmei naquela oportunidade que, mais importante do que as homenagens que se façam a Juscelino, é sua memória viva entre nós", afirmou ontem. Depois de citar uma série de "avanços" do seu governo, o presidente diz que "é oportuno que o país se inspire em Juscelino para dar um novo salto em seu desenvolvimento, para construir uma economia mais competitiva, participar mais ativamente dos fluxos internacionais de capital, de tecnologias". Texto Anterior: Quércia aceita prévia com Temer Próximo Texto: No Ar - Nelson de Sá: Mocinhos e bandidos Índice |
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