São Paulo, terça-feira, 11 de setembro de 2007

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Aneel vai nomear servidor citado em grampo da Operação Navalha

Rogério Menescal diz que não é investigado pela PF e que conversas eram de rotina

HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou o nome de Rogério Menescal para ocupar o cargo de superintendente de Gestão de Estudos Hidroenergéticos. Menescal pediu demissão do Ministério da Integração em maio, após seu nome aparecer em grampos feitos pela Polícia Federal, na Operação Navalha.
Presos na Navalha, o então secretário de Infra-Estrutura de Alagoas, Adeilson Teixeira Bezerra, e o subsecretário, Denisson de Luna Tenório, foram flagrados em gravação falando em recorrer ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e seu irmão, deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), para manter no Ministério da Integração Nacional o diretor de Recursos Hídricos da pasta, Menescal.
No diálogo, afirmam que Menescal é indicação dos Calheiros e que seria importante mantê-lo por ser o responsável pela liberação de recursos para a obra do rio Pratagy, em Maceió, orçada inicialmente em R$ 77,8 milhões. Essa é uma das licitações investigadas pela PF que teriam sido fraudadas pela empreiteira Gautama.
Procurada por meio de sua assessoria de imprensa, a Aneel não comentou o assunto. Menescal é funcionário da ANA (Agência Nacional de Águas) e sua nomeação para a Aneel depende da liberação da agência de origem. Superintendências são cargos de confiança, ocupados geralmente por técnicos.
A superintendência que será ocupada por Menescal é responsável por aprovar ou não estudos para a construção de usinas hidrelétricas.
Ontem, Menescal afirmou que não é investigado pela PF. "Tenho isso comprovado, tenho os atestados da Polícia Federal e da Justiça Federal. Eu não fui nem investigado", disse.
Segundo ele, as ligações em que seu nome aparece eram de rotina. "Tínhamos convênios, eu estava perguntando como estava obra", disse. Menescal disse ainda que não é indicação política de ninguém. "Nunca fui indicado político de ninguém. Sou do meio acadêmico, tenho doutorado nessa área."


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