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JUSTIÇA
Promotoria afirma que ex-prefeito de São Paulo tem dinheiro em bancos no exterior e suspeita de enriquecimento ilícito
Supostas contas de Pitta são bloqueadas
ROBERTO COSSO
DA REPORTAGEM LOCAL
A juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 14ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, decretou ontem o bloqueio de eventuais bens do ex-prefeito paulistano Celso Pitta (PSL) no exterior.
O ex-prefeito nega que tenha
contas fora do país e ainda pode
apresentar recurso contra a decisão ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
A Justiça atendeu a um pedido
feito pelos promotores Silvio Antonio Marques, Nilo Spinola Salgado Filho e Sérgio Turra Sobrane, todos da Promotoria de Justiça da Cidadania de São Paulo.
Com base no depoimento da
ex-primeira-dama paulistana Nicéa Teixeira Camargo e de Simeão Damasceno de Oliveira, ex-diretor financeiro da empreiteira
Mendes Júnior, os promotores
acusam Pitta de ter sido corrompido por empreiteiras e de possuir ou ter possuído contas bancárias em Zurique (Suíça) e em
Nova York (EUA ).
As supostas contas de Pitta, de
cuja existência o Ministério Público ainda não tem provas, seriam
no Multi Commercial Bank de
Zurique e no Commercial Bank of
New York.
O objetivo da ação é justamente
a obtenção de provas da existência das contas, para que a Promotoria possa entrar com uma ação
de improbidade administrativa
por enriquecimento ilícito.
A juíza deferiu a liminar pedida
pelos promotores e escreveu que
o bloqueio dos bens é uma medida que pode ser utilizada para assegurar a indenização aos cofres
públicos, no caso de ser proferida
sentença condenatória.
Agora, Pitta será citado para
contestar a ação, e a Prefeitura será chamada para se manifestar.
Os promotores pedem que o município contrate advogados no exterior para recuperar o dinheiro.
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