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Jader se divide entre PT e PSDB no 2º turno
DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
O ex-senador e deputado federal recém-eleito Jader Barbalho
(PMDB-PA) ainda não definiu se
apoiará ou não o presidenciável
José Serra (PSDB) no segundo
turno. Essa decisão ainda seria
discutida hoje durante reunião da
cúpula estadual do partido, na casa de Jader, em Belém.
No segundo turno da sucessão
estadual, é quase certo o apoio de
Jader à candidata Maria do Carmo, do PT. Ela disputará o governo com Simão Jatene (PSDB). No
primeiro turno, a petista teve 25%
dos votos, contra 35% de Jatene.
Jader, que foi eleito o deputado
federal mais votado do Pará (com
344 mil votos) ajudou seu partido
a eleger outros quatro parlamentares para a Câmara. Os votos da
"bancada do Jader" somados ao
da ex-mulher, Elcione Barbalho,
derrotada ao Senado, somam 1,6
milhão de votos.
O flerte entre o PT estadual e o
PMDB de Barbalho ficou explícito
24 horas antes das eleições. No sábado, o PT publicou nos jornais
locais uma nota oficial sugerindo
o segundo voto ao Senado em Elcione Barbalho. "O PT sabia que
poderia precisar do nosso apoio
no segundo turno", disse um dos
caciques estaduais do PMDB.
"O PMDB é um grande partido
e nós vamos procurar este apoio",
disse ontem Maria do Carmo, que
precisa unir forças para enfrentar
o candidato do governador tucano Almir Gabriel.
O governador tucano é o principal adversário local de Jader. Seus
assessores mais próximos creditam à articulação do governo do
Estado os mandados judiciais de
prisão sofridos pelo ex-senador.
Além disso, dizem, a assessoria de
Gabriel se empenhou em divulgar
pelo Pará a fotografia de Jader algemado, em fevereiro passado.
O que será debatido na reunião
de hoje é se o apoio que eventualmente Jader possa dar a José Serra
beneficiará, ainda que indiretamente, os tucanos no Pará.
(GABRIELA ATHIAS e MAURÍCIO SIMIONATO)
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