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Em grampo de operação da PF, Campelo é citado por funcionária de empresa suspeita
DO ENVIADO A BRASÍLIA
O nome do ministro do TCU
Valmir Campelo foi citado em
interceptações telefônicas produzidas pela Operação Navalha, desencadeada neste ano
pela Polícia Federal.
Numa conversa entre a funcionária da empreiteira Gautama Maria Fátima César Palmeira, prima do ministro do TCU Guilherme Palmeira, e o
empresário de Cuiabá (MT)
Sérgio Sá, Fátima disse que
Campelo era o responsável por
um processo que envolvia a
empreiteira e indagou se Sá conhecia o ministro. Sá respondeu que era "muito amigo" e
"falaria pessoalmente" com ele
sobre o assunto.
Em outro momento das interceptações, discutem uma visita de representantes do governo do Piauí a ministros do
TCU, incluindo Campelo.
Em entrevista à Folha, o ministro disse que "todos os processos da Gautama foram prejudicados". "Eu não tomei conhecimento [de gravações] (...).
Eu não relatei nenhum processo desse jeito e absolutamente
meu nome foi citado em nada.
Não posso me manifestar sobre
uma coisa que não sei", disse o
ministro. "Eu não estou sabendo o que você está falando.
Nem o TCU falou sobre isso,
não vi meu nome publicado."
Indagado se conhecia Sá ou
recebeu representantes do governo do Piauí, o ministro afirmou: "De cabeça eu não sei, de
memória, eu não sei. (...) Não o
conheço, agora, pode ser que
essa pessoa tenha vindo aqui,
não vou dizer que não, porque
recebo muita gente, sempre na
presença de um assessor meu.
Todos que eu recebo, empresários, autoridades, é na presença
do meu chefe-de-gabinete".
Por meio de sua assessoria,
enviou à reportagem três acórdãos em que atuou como relator de assuntos relacionados à
empreiteira Gautama, um deles produzido após a Operação
Navalha. Segundo o ministro,
todos os resultados foram desfavoráveis à empreiteira.
(RV)
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