São Paulo, domingo, 11 de dezembro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO

PT mostra notas e diz que transação teve trâmite legal

DA REPORTAGEM LOCAL

O PT justificou o pagamento de R$ 795,7 mil para a Santorine argumentando que adquiriu da empresa 267.500 faixas plásticas e 675.000 bandeirinhas. Para comprovar que pagou por um serviço de publicidade e propaganda, exibiu cópias das notas fiscais, das duplicatas e dos cheques nominais à companhia. Foram oito notas e duplicatas.
Os pagamentos foram feitos por meio de cinco cheques nominais à Santorine, do Banco do Brasil, cuja conta foi aberta exclusivamente para a movimentação financeira da campanha de Lula.
Em nota encaminhada à Folha, o partido afirma que "a análise dos documentos apresentados ao TSE mostra que a transação comercial efetuada pela campanha Lula com a Santorine está dentro dos trâmites legais".
Ainda de acordo com a nota, "a campanha "Lula Presidente" teve suas contas integralmente aprovadas pelo TSE". A nota é subscrita pelo presidente do PT, Ricardo Berzoini, e pelo secretário de Finanças, Paulo Ferreira.
O partido não comentou, na nota, o fato de a empresa ter tido quatro sócios diversos e pelo menos três deles dizerem desconhecer que seus nomes constavam como de proprietários. Também não comentou o fato de uma empresa criada para outra finalidade ter fornecido material publicitário nem o fato de a empresa não ter funcionado no endereço fornecido à Junta Comercial.
A Folha procurou o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, por meio de seu advogado, Arnaldo Malheiros, na quinta e na sexta-feira. Não conseguiu localizá-lo. (CG)


Texto Anterior: Campanha de Lula em 2002 pagou R$ 796 mil a laranja
Próximo Texto: Em seis meses, empresa trocou de sócios, mudou endereço e fechou
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.