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OUTRO LADO
PT mostra notas e diz que transação teve trâmite legal
DA REPORTAGEM LOCAL
O PT justificou o pagamento de R$ 795,7 mil para a
Santorine argumentando
que adquiriu da empresa
267.500 faixas plásticas e
675.000 bandeirinhas. Para
comprovar que pagou por
um serviço de publicidade e
propaganda, exibiu cópias
das notas fiscais, das duplicatas e dos cheques nominais à companhia. Foram oito notas e duplicatas.
Os pagamentos foram feitos por meio de cinco cheques nominais à Santorine,
do Banco do Brasil, cuja conta foi aberta exclusivamente
para a movimentação financeira da campanha de Lula.
Em nota encaminhada à
Folha, o partido afirma que
"a análise dos documentos
apresentados ao TSE mostra
que a transação comercial
efetuada pela campanha Lula com a Santorine está dentro dos trâmites legais".
Ainda de acordo com a nota, "a campanha "Lula Presidente" teve suas contas integralmente aprovadas pelo
TSE". A nota é subscrita pelo
presidente do PT, Ricardo
Berzoini, e pelo secretário de
Finanças, Paulo Ferreira.
O partido não comentou,
na nota, o fato de a empresa
ter tido quatro sócios diversos e pelo menos três deles
dizerem desconhecer que
seus nomes constavam como de proprietários. Também não comentou o fato de
uma empresa criada para
outra finalidade ter fornecido material publicitário nem
o fato de a empresa não ter
funcionado no endereço fornecido à Junta Comercial.
A Folha procurou o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, por meio de seu advogado, Arnaldo Malheiros, na
quinta e na sexta-feira. Não
conseguiu localizá-lo.
(CG)
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