São Paulo, quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

A qualquer custo?

E foram mantidos os juros do Banco Central, após atraso inusitado que deixou para trás o fechamento inicial dos jornais e o "Jornal Nacional".
Mas até o "Financial Times" antecipou a decisão do BC "normalmente conservador". E o correspondente normalmente conservador justificou, dizendo que a inflação está "muito acima da meta".
Em contraponto ao Banco Central, na manchete do site de "O Estado de S. Paulo" ao longo do dia todo, "Lula finaliza pacote para garantir crescimento de 4% em 2009 a qualquer custo", expressão dele.

ÍNDIOS VENCEM, MAS...
Marco Aurélio Mello pediu vista às pressas e mais tarde Gilmar Mendes saiu em entrevistas questionando o voto da maioria. A dupla tirou a vitória de alguns enunciados on-line. "O Estado de S. Paulo" manteve sua manchete com "Índios vencem no Supremo, mas decisão é adiada". Também o site da Reuters Brasil, "Demarcação contínua é apoiada por maioria no Supremo".
E até a escalada do "JN" estranhou a "polêmica" que adiou a decisão já tomada pelos outros ministros.

VOZ, NÃO DIREITO
No encontro da ONU sobre aquecimento global, que se encerra amanhã na Polônia, a AP destacou o acordo fechado ontem que garantiu "voz aos povos que vivem na floresta", mas não "direitos".

TROCA OU DINHEIRO
"FT" e "The New Republic" destacam a resistência do Brasil à proposta européia de compra de crédito de carbono nos emergentes. O país quer dinheiro e nada de troca. A "TNR" concorda.

SINAIS DE AQUECIMENTO
Marcus Perkins/guardian.co.uk
"Zé de Antonio", "eco-fazendeiro" que o "Guardian" apresenta como modelo ao mundo
O britânico "Guardian" saiu ontem com caderno sobre meio ambiente e, com o olhar voltado à reunião da ONU, focou o Brasil. Na reportagem central, "Mais úmido e mais selvagem: os sinais de aquecimento estão por todo lado", escreveu desde Imaculada, na Paraíba, sobre "como a mudança no clima já está afetando a vida dos cidadãos comuns da Austrália ao Brasil".
Em outra longa reportagem, de Afogados, Pernambuco, mostrou que os "eco-fazendeiros estão avançando mesmo quando a mudança no clima ataca".

ATOS E OMISSÕES
vanityfair.com
"Vanity Fair", uma fotomontagem de como teria sido a visão dos pilotos brasileiros mortos
O "Newsday" de Long Island, onde moram os pilotos americanos, saudou a queda na Justiça brasileira de uma das acusações sobre o acidente de 2006.
Mas não foi a notícia que mobilizou o caso, ontem nos EUA. A "Vanity Fair" traz na edição de janeiro e postou on-line longa reportagem, inclusive com áudio do diálogo entre os pilotos. O enviado William Langewiesche falou com controladores e foi aos índios Caiapó. E não isentou ninguém, ao relatar os "atos e omissões que levaram ao choque dos dois aviões". A associação internacional dos pilotos se revoltou, segundo a AP.

"NÃO NO BRASIL"
huffingtonpost.com
No HuffPost, o "boom" da imprensa brasileira
O "New York Times" deu reportagem anunciando que "a bolha dos jornais também estourou", falando das redes Tribune, Gannett, McClatchy. E o "FT" noticiou que o "NYT" estuda vender ativos para enfrentar sua dívida. No "Washington Post", um colunista previu "consolidação massiva na indústria de jornais".
Por aqui, segundo longa reportagem postada ontem no site The Huffington Post e ecoada no site do "Guardian", a mesma indústria vive um "boom". Para ilustrar, o site entrevista o dono de banca Salvador Neves, para quem o setor "está se segurando bem", e se estende nos números, concentrados no avanço da classe C.


Leia as colunas anteriores
@ - Nelson de Sá



Texto Anterior: Pasárgada: Juíza é acusada de atuar em causa própria
Próximo Texto: Elvira Lobato conquista o Prêmio Esso
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.