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Painel
VERA MAGALHÃES (interina) - painel@uol.com.br
Dividir para governar
A investida do PT sobre o PSDB é, a longo prazo,
uma aposta na divisão da oposição e no paulatino isolamento do PFL. Nas conversas, petistas propuseram
aos tucanos uma "parceria de longo prazo" e lhes conferiram papel de "interlocutores prioritários" do governo no bloco oposicionista.
Na corte que fez aos tucanos, Arlindo Chinaglia
(PT-SP) garantiu que receberão relatorias de matérias importantes durante sua gestão. Prometeu ainda
abrir espaço para que o 1º vice-presidente -que deverá ser Nárcio Rodrigues (PSDB-MG)- comande muitas sessões deliberativas. Para o PFL, menos generosidade: ontem, petistas faziam contas para excluir o
partido da Mesa, manobra vedada pelo regimento.
Google. Tucanos inconformados com o apoio do partido
a Arlindo Chinaglia resgataram ontem o discurso de posse de José Serra, dez dias antes. Principalmente a crítica a
Lula por buscar "o conforto
de não ter adversários".
Cornetada. Amigo de Serra, com quem costuma ir a jogos do Palmeiras, Aldo Rebelo
(PC do B-SP) atribuía ontem
ao governador o golpe de
morte em sua candidatura. E
reclamava de não ter recebido
um telefonema do tucano.
Que fase. Por telefone, Geraldo Alckmin comunicou anteontem a Aldo que trabalharia pela sua recondução à presidência da Câmara. Na ocasião, já rolava solta a consulta
deflagrada por Jutahy Júnior.
Diga sim. Os recenseadores do PSDB ouviram primeiro os favoráveis ao apoio a
Chinaglia. Só ontem os opositores foram consultados. Com
a seguinte questão: "Você é a
favor da proporcionalidade?"
Dia D. Aldo marcou para a
próxima segunda-feira à noite
reunião com aliados para analisar suas chances. Só então
deve decidir se fica na disputa.
Poliana. Enquanto a casa
caía para Aldo, o site do o PC
do B comemorava o apoio do
PT para que um comunista
assuma a Assembléia do Acre.
PT saudações. O surto petista do PSDB sepultou as últimas esperanças do PFL de
ter apoio firme do aliado a José Agripino (RN) no Senado.
Veja bem 1. Apesar da expectativa do governo do Rio, a
Presidência encara a operação da Força Nacional no Estado, que começa segunda-feira, mais como um teste para os Jogos Pan-Americanos.
Veja bem 2. Para o general Jorge Félix, do Gabinete
de Segurança Institucional da
Presidência, a importância da
Força Nacional deve ser relativizada. "Nas favelas, ela não
vai fazer muita diferença".
Descarrego. Atolado em
crises, o ministro Waldir Pires (Defesa) participou ontem
da Lavagem do Bonfim, em
Salvador, tradicional evento
de purificação da alma.
Top secret. Criado para
evitar o vazamento de informações, o Departamento de
Segurança da Informação da
Presidência promoveu curso
para 3.000 servidores no final
do ano. Em pauta, desde conselhos simples, como não deixar papéis na mesa, até dicas
para evitar a ação de hackers.
Retoque. Secretário municipal de Comunicação na gestão Serra, Sérgio Kobayashi
voltou à administração paulistana. Da pasta do Governo,
ajudará a cuidar da imagem
do prefeito Gilberto Kassab
(PFL) até a sucessão de 2008.
Na seca. Auxiliares de Yeda
Crusius (PSDB) atribuem
parte da revolta de sua base de
apoio à reestruturação deflagrada nas secretarias gaúchas.
Como o novo desenho ainda
não foi concluído, a ocupação
dos cargos está congelada.
Aqui entre nós. Inimigo
declarado dos pedágios, Roberto Requião (PMDB) foi o
primeiro governador a saber
da suspensão das concessões
de rodovias federais.
Tiroteio
"Alguém está vendendo o que não tem. Quem
controla o almoxarifado aqui somos nós".
Do líder do PT na Assembléia Legislativa paulista, ÊNIO TATTO, negando que o apoio do PSDB à candidatura de Arlindo Chinaglia envolva
qualquer acerto com a base do governo José Serra.
Contraponto
Retificador
Em sabatina promovida pela Folha, durante a campanha, Orestes Quércia (PMDB) fez um duro discurso contra PT e PSDB, partidos de seus principais adversários na
disputa pelo governo de São Paulo.
Após rasgar críticas aos governos Lula e FHC, o ex-governador foi questionado por que, então, havia negociado
para ser vice nas chapas das duas legendas.
Surpreso com a pergunta, o candidato ameaçou engasgar e levou as mãos ao queixo, como que encurralado.
-Ué... foi justamente para melhorá-los-, esquivou-se,
provocando risos na platéia.
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