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Apoio do PSDB a Chinaglia reduz chance do "Grupo dos 30" de lançar candidato
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A formalização do apoio do
PSDB a Arlindo Chinaglia (PT-SP) reduziu "aritmeticamente"
as chances de o "Grupo dos 30"
ter um candidato competitivo.
No entanto, os integrantes vão
se reunir na próxima semana e
devem lançar um nome para
disputar a presidência da Câmara com uma "anticandidatura" para marcar posição.
Os que defendem a candidatura alternativa admitiram que,
após a adesão do PMDB à chapa
de Chinaglia, o respaldo do
PSDB era a "última cartada" do
grupo para tentar se manter na
disputa. Se os integrantes do
"Grupo dos 30" decidirem lançar um candidato, o nome mais
cotado para concorrer é o de
Luiza Erundina (PSB-SP).
Tanto Fernando Gabeira
(PV-RJ) quanto Raul Jungmann (PPS-PE) criticaram a
decisão dos tucanos. "O PSDB
está cometendo um suicídio
político. E poderá, no futuro,
vir a ser sócio do mensalão parte dois", afirmou Jungmann.
"É uma atitude de desprezo e
subestimação da construção de
pontes com a sociedade", afirmou Gabeira.
Outro fator que também dificulta os planos da "terceira via"
foi a denúncia apresentada ontem pelo Ministério Público
contra Jungmann. O deputado
é acusado de envolvimento em
esquema de desvio de recursos
do Incra (Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária) quando ele era ministro do
Desenvolvimento Agrário no
governo Fernando Henrique
Cardoso. Jungmann nega as
acusações. "Estranho que nesse momento, um processo que
está há cinco anos rolando, apareça com estardalhaço."
Nos bastidores, aliados de
Chinaglia comemoraram afirmando que Jungmann perdeu
autoridade para criticar o grupo petista.
(LS E SN)
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