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Programa contra trabalho infantil
será incorporado ao Bolsa-Família
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao completar dez anos do lançamento oficial, o Peti (Programa
de Erradicação do Trabalho Infantil) será gradativamente unido
ao Bolsa-Família a partir dos próximos meses.
O objetivo, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, é
ampliar o atendimento e melhorar a qualidade das ações socioeducativas. Conhecidas como jornada ampliada, essas ações são
consideradas essenciais ao projeto, mas também seu ponto frágil.
A idéia do governo federal é
usar, gradualmente, o Bolsa-Família para fazer a transferência de
renda aos beneficiados do Peti,
que são obrigados a manter os filhos na escola e na jornada.
Já os recursos do Peti serão destinados a investimentos na jornada ampliada, criando, inclusive,
uma metodologia nacional.
No ano passado, o orçamento
do Peti ficou em cerca de R$ 533
milhões, dos quais cerca de 60%
iriam para pagamento de bolsas.
O restante estava previsto para as
ações socioeducativas. Com a
unificação, toda a verba seria redirecionada apenas para as ações.
Atualmente, cada município recebe de R$ 10 a R$ 20 mensais por
criança atendida para desenvolver projetos socioeducativos
complementares ao ensino regular. Cada um define o tipo de atividade a ser oferecida.
A última avaliação do Peti, feita
pelo Unicef (braço das Nações
Unidas para questões ligadas à infância) em 2004, apontou limitada articulação entre a jornada ampliada e a rede educacional, inexistência de proposta básica nacional, falta de capacitação dos
monitores e insuficiência de recursos repassados.
O governo federal pretende repassar um teto para que as prefeituras melhorem a qualidade da
jornada ampliada. O valor será de
acordo com o percentual de
crianças em trabalho infantil.
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