São Paulo, segunda-feira, 12 de março de 2007

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Toda Mídia

Nelson de Sá

As novas Sete Irmãs

ft.com/indepth/7sisters
Logo da série de reportagens sobre as empresas de petróleo


Quem não se conforma em ver o Brasil nos Brics tem mais um motivo para se debater, a partir de agora. Sai hoje no "Financial Times" e já estava ontem no site a lista "As Novas Sete Irmãs". Expressão lançada há 50 anos para retratar o poder de Standard Oil, Shell e outras "companhias ocidentais que dominaram a indústria de energia do mundo", Sete Irmãs agora se refere a "companhias estatais de países emergentes".
A saber, pela ordem do "FT": Saudi Aramco (Arábia Saudita), Gazprom (Rússia), CNPC (China), NIOC (Irã), Pdvsa (Venezuela), Petrobras (Brasil) e Petronas (Malásia). Cada uma recebeu um perfil, bem como quatro das "velhas irmãs", ExxonMobil, Chevron, BP e Royal Dutch Shell. Da Petrobras, o texto abre dizendo que "é uma grande história de sucesso doméstico que começa a se mover para o palco do mundo".

QUASE FAMOSOS
Dos vários blogs de jornais que seguem com a turnê de George W. Bush, um dos melhores é o On the Plane, de Peter Baker, do "Washington Post", que faz um diário de verdade e relata curiosidades como a reação ao "ponto G" de Lula, "até Bush sorriu".
Ou, mais significativa, a reação do secretário de imprensa Tony Snow ao enviado do "New York Times" Jim Rutenberg. Snow não estaria "feliz" com o fato de o jornal, ontem, ter destacado o ato de Hugo Chávez, e não Bush.

A FELICIDADE
O blog Energy Roundup, do "Wall Street Journal", explica "a felicidade dos brasileiros" com Bush dizendo que, mesmo sem a queda na tarifa, os EUA se juntaram ao esforço de tornar o álcool/etanol "uma commodity mundial".
Uma "segunda razão" é que os brasileiros "estão tomando consciência do fato de que o etanol, especialidade do país, pode ser sua chance de entrar na liga de nações dos Meninos Grandes, um lugar ao qual o gigante sul-americano sempre acreditou que pertencia".

ALGUNS DIREITOS

Larry Rohter - nytimes.com
Gilberto Gil em show "raro", por Larry Rohter


Em meio à turnê de Bush, o correspondente Larry Rohter surgiu ontem no "NYT" com uma longa reportagem, desde Salvador, sobre Gilberto Gil. Não necessariamente o músico, mas o ministro-ativista da Creative Commons, sempre a discursar sobre "direitos de propriedade intelectual, mídia digital e tópicos relacionados" antes de iniciar suas turnês.
No título, "Gilberto Gil ouve o futuro, com alguns direitos reservados". Para Rohter e seu "NYT", "Mr. Gil se transformou num jogador central na busca mundial por formas mais flexíveis de distribuição de trabalhos artísticos". Atestam, entre outros, John Perry Barlow, ex-Grateful Dead e fundador da célebre Electronic Frontier Foundation, que diz, "eu não acho que existe ninguém como Gil em lugar nenhum do mundo".
O perfil já ecoa em blogs engajados tipo IP&Democracy.

A MANIPULAÇÃO
No blog Blue Bus, Márcio Machado relatou como "um viral" criado pelo departamento de marketing da rede NBC, a um custo de US$ 17 mil", se espalhou no YouTube como se fosse uma paródia crítica da série "Heroes". "Zeroes", o vídeo, é golpe, uma mentira.
Mas o blog MeioBit, entusiasta da Microsoft e crítico do software livre, leu o Blue Bus, apoiou e até se proclamou, no título, "Massa de manobra, com muito orgulho".

RECORD VS. GLOBO
Do site Tela Viva, derivado do Pay-TV, "Record espera empatar com a Globo em três anos". A previsão é do vice-presidente comercial, que num evento de vendas no final de semana lançou até um slogan, "Rumo à Liderança".
"A partir do crescimento da audiência, a emissora passou a atrair anunciantes mais qualificados", afirma o site, e a reduzir horários comprados, "ações de merchandising de pequenos anunciantes" etc.

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@ - Nelson de Sá


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