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NOS EUA
Lista traz Flávio Maluf, filho do ex-prefeito, e ex-nomes da MetroRED
FBI apura envolvimento
de pelo menos 8 pessoas
ANGÉLICA SANTA CRUZ
da Reportagem Local
O FBI investiga oito pessoas supostamente envolvidas na corrupção de autoridades para implantar fibras ópticas em São Paulo. São nomes ligados ao empresário Flávio Maluf, filho do ex-prefeito Paulo Maluf, e à empresa
MetroRED. Estão na lista um norte-americano e sete brasileiros,
entre eles o próprio Flávio Maluf.
No rol do FBI, aparece o empresário paulista Joaquim Romeu Espinheira Ferraz, dono da RFM
Comercial e Construtora.
O empreiteiro é primo de José
Maria Teixeira Ferraz, preso em
Miami com Oscar de Barros sob
acusação de lavagem de dinheiro.
Espinheira Ferraz também é
amigo de Flávio Maluf. Em 1997,
por exemplo, foi indicado por ele
para uma vaga de conselheiro do
Tribunal de Contas do Município.
Procurado pela Folha, ele confirmou a ligação com Flávio Maluf e o parentesco com o brasileiro
preso."Mas não sei nada dessa lista", afirmou.
Também estão na relação do
FBI os nomes de três ex-executivos da MetroRED no Brasil.
Um deles é Jorge Luiz Frederich
Vital, que ocupou o cargo de diretor-geral da MetroRED durante a
implantação da empresa no país.
À Folha, ele negou envolvimento pessoal ou da companhia com
supostos casos de corrupção na
Prefeitura de São Paulo.
Vital deixou a empresa no dia 18
de março do ano passado. Hoje
ocupa o cargo de diretor comercial da Global One, empresa formada pelas operadoras de telefonia européias Deustche Telekom
(Alemanha) e France Telecom
(França).
Sobre a declaração do grupo Fidelity, nos EUA, de que a diretoria
da subsidiária brasileira teria sido
afastada por suspeita de corrupção, Vital disse que a informação
é ""novidade absoluta".
"Se houvesse algum problema,
teriam aberto processo contra
mim e não houve nada disso".
Os outros dois executivos que
figuram na lista são Plínio Guilherme e o norte-americano Lance Cawley. Ambos foram demitidos, de acordo com o Fidelity.
Até o início de 1999, Cawley foi
presidente da MetroRED para a
América Latina.
Em novembro de 1998, comandou um acordo entre a MRS (que
assumiu de parte da malha da Rede Ferroviária Federal) e a MetroRED. O contrato permitiu a instalação de fibras ópticas numa malha ferroviária de 1.600 km, entre
São Paulo, Rio e Belo Horizonte.
Além do reverendo Caio Fábio e
do consultor de marketing Paulo
Sérgio Rosa, citados desde o início
das investigações sobre o dossiê
Caribe, aparece também na lista o
advogado maranhense José Revanildo Oliveira Martins.
O advogado não foi encontrado
ontem pela Folha. Um de seus filhos, o administrador de empresas Glauco Martins, afirmou que
ele já representou Oscar de Barros
em São Paulo."Além disso, eles
são amigos há muitos anos e se falam sempre", afirmou.
Colaborou ELVIRA LOBATO,
da Sucursal do Rio
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