São Paulo, segunda-feira, 12 de abril de 2004

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SOMBRA NO PLANALTO

Caso Waldomiro completa 2 meses e parlamentares cobram CPI

Oposição faz ofensiva sobre escândalo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A oposição prepara uma ofensiva no Congresso nesta semana para lembrar os dois meses da revelação do caso Waldomiro Diniz e renovar a defesa pela instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigue o episódio.
PSDB, PDT e PFL pretendem se revezar na tribuna do Senado para apresentar elementos indicando que o inquérito da Polícia Federal não avançou. ""O Waldomiro está flanando pelas ruas de Brasília e não teve uma punição. A sindicância do Palácio do Planalto nem o ouviu e o considerou culpado. Também não ouviu o ministro José Dirceu [Casa Civil]. Eles não queriam atingir a verdade. Queriam apenas provocar um documento", afirmou o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). ""A oposição subirá à tribuna e baterá forte", disse.
A idéia é também aproveitar a data para pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) pressa no julgamento do mandado de segurança apresentado pelos senadores Jefferson Péres (PDT-AM) e Pedro Simon (PMDB-RS) questionando a decisão do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que inviabilizou a instalação da CPI dos Bingos.
A oposição acha que caberia a Sarney indicar os representantes da CPI à revelia dos líderes dos partidos governistas, que decidiram não fazê-lo para impedir a instalação da comissão. Sarney se negou a substituir os líderes, e a CPI não foi instalada.
""O aniversário de dois meses do caso é um bom pretexto para fazer um apelo ao STF para que julgue o mandado de segurança. A decisão é histórica. O que está em jogo é o direito da minoria de criar CPI", disse Péres, que é líder do PDT no Senado.
""Esses dois meses provaram que nós tínhamos razão em pedir uma CPI. O inquérito da PF se mostrou ineficiente para investigar um caso que envolve pessoas tão importantes", afirmou Péres.


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