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SOMBRA NO PLANALTO
Caso Waldomiro completa 2 meses e parlamentares cobram CPI
Oposição faz ofensiva sobre escândalo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A oposição prepara uma ofensiva no Congresso nesta semana
para lembrar os dois meses da revelação do caso Waldomiro Diniz
e renovar a defesa pela instalação
de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigue o episódio.
PSDB, PDT e PFL pretendem se
revezar na tribuna do Senado para apresentar elementos indicando que o inquérito da Polícia Federal não avançou. ""O Waldomiro está flanando pelas ruas de Brasília e não teve uma punição. A
sindicância do Palácio do Planalto
nem o ouviu e o considerou culpado. Também não ouviu o ministro José Dirceu [Casa Civil].
Eles não queriam atingir a verdade. Queriam apenas provocar um
documento", afirmou o líder do
PSDB, Arthur Virgílio (AM). ""A
oposição subirá à tribuna e baterá
forte", disse.
A idéia é também aproveitar a
data para pedir ao STF (Supremo
Tribunal Federal) pressa no julgamento do mandado de segurança
apresentado pelos senadores Jefferson Péres (PDT-AM) e Pedro
Simon (PMDB-RS) questionando
a decisão do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que
inviabilizou a instalação da CPI
dos Bingos.
A oposição acha que caberia a
Sarney indicar os representantes
da CPI à revelia dos líderes dos
partidos governistas, que decidiram não fazê-lo para impedir a
instalação da comissão. Sarney se
negou a substituir os líderes, e a
CPI não foi instalada.
""O aniversário de dois meses do
caso é um bom pretexto para fazer um apelo ao STF para que julgue o mandado de segurança. A
decisão é histórica. O que está em
jogo é o direito da minoria de
criar CPI", disse Péres, que é líder
do PDT no Senado.
""Esses dois meses provaram
que nós tínhamos razão em pedir
uma CPI. O inquérito da PF se
mostrou ineficiente para investigar um caso que envolve pessoas
tão importantes", afirmou Péres.
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