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Absolvidos na Câmara são denunciados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Mesmo absolvidos pela Câmara, deputados acusados de envolvimento com o escândalo do
mensalão foram denunciados pelo procurador-geral da República,
Antonio Fernando de Souza, sob
acusação de terem cometido crimes como formação de quadrilha
e corrupção passiva.
"Eu não trabalhei com as deliberações e os juízos políticos da
Câmara, e sim com os elementos
que estão no processo", afirmou o
procurador-geral.
Ficaram de fora dessa parte do
inquérito, já concluída, os deputados Roberto Brant (PFL-MG),
Wanderval dos Santos (PL-SP),
Sandro Mabel (PL-GO), José
Mentor (PT-SP), Josias Gomes
(PT-BA) e Vadão Gomes (PP-SP).
Entre os absolvidos pela Câmara, não escaparam do inquérito da
Procuradoria Geral da República
os deputados João Paulo Cunha
(PT-SP), Professor Luizinho (PT-SP), João Magno (PT-MG), Romeu Queiroz (PTB-MG) e Pedro
Henry (PP-MT).
Deputados que renunciaram
Também foram acusados quatro parlamentares que renunciaram ao mandato para escapar do
processo de cassação do mandato: Valdemar Costa Neto (PL-SP),
Bispo Rodrigues (PL-RJ), José
Borba (PMDB-PR) e Paulo Rocha
(PT-PA). Se cassados, eles perderiam o mandato e ficariam inelegíveis por oito anos.
Autor das denúncias sobre o esquema do mensalão, em junho do
ano passado, o deputado cassado
Roberto Jefferson (PTB-RJ) foi
acusado de corrupção passiva e
lavagem de dinheiro.
Apontado como o mentor do
esquema, o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), que também teve
seu mandato cassado pela Câmara dos Deputados, foi denunciado
no inquérito do mensalão por formação de quadrilha, corrupção
ativa e desvio de dinheiro público
por servidor (peculato).
O deputado José Janene (PP-PR), que ainda aguarda julgamento no plenário da Câmara,
também foi denunciado pelo procurador-geral como beneficiário
do esquema.
Cassados
Entre os deputados cassados, foi
acusado pelo procurador-geral o
presidente do PP, Pedro Corrêa
(PE), além de José Dirceu e Roberto Jefferson.
Nesse ponto, a denúncia oferecida pela Procuradoria foi mais
incisiva que o relatório final da
CPI dos Correios, que afirmou
que esses parlamentares "podem
ter incorrido em crime eleitoral e
de sonegação fiscal", além de corrupção passiva.
O relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), pediu
o aprofundamento das investigações pelo Ministério Público, alegando que a comissão não teve
como avaliar a documentação
que sustentou as defesas.
(FK e AM)
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