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STF julga pedido de liberdade de Arruda
Ex-governador do DF está preso há dois meses, acusado de obstruir as investigações do mensalão do DEM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Superior Tribunal de Justiça deve julgar hoje o pedido
de liberdade do ex-governador
do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido). O ex-democrata está preso há dois
meses na Superintendência da
Polícia Federal, em Brasília,
acusado de obstruir as investigações do mensalão do DEM.
Primeiro governador do país
detido no exercício do mandato, Arruda já superou a marca
do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), que, em 2005, ficou 40 dias preso também por
atrapalhar a Justiça.
A decisão de julgar o pedido
da defesa para a revogação da
prisão preventiva foi do ministro do STJ, Fernando Gonçalves, relator do caso, que se aposenta no dia 20, ao completar
70 anos. Gonçalves vai submeter o pedido à Corte Especial
-que reúne os 15 ministros
mais antigos.
Para o advogado do ex-governador, Nélio Machado, não há
mais justificativas para a manutenção da prisão. "A prisão
do jeito que está é ilegal porque
ele [Arruda] não tem como
atrapalhar as investigações.
Agora, não é questão de inocência, é questão de que a prisão é
desnecessária", afirmou.
A nova justificativa apresentada por Machado para pedir a
liberdade do ex-democrata é
que os depoimentos à Polícia
Federal de testemunhas e pessoas envolvidas no suposto esquema de arrecadação e pagamento de propina acabaram na
semana passada.
Prorrogação
O relatório da Polícia Federal
com o resultado dos interrogatórios e a perícia dos vídeos de
políticos, assessores e empresários recebendo suposta propina deve ser encaminhado hoje ao STJ e ao Ministério Público. A expectativa é que o delegado Alfredo Junqueira solicite, pela segunda vez, a prorrogação das investigações por
mais 30 dias.
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