São Paulo, segunda-feira, 12 de abril de 2010

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STF julga pedido de liberdade de Arruda

Ex-governador do DF está preso há dois meses, acusado de obstruir as investigações do mensalão do DEM

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Superior Tribunal de Justiça deve julgar hoje o pedido de liberdade do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido). O ex-democrata está preso há dois meses na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, acusado de obstruir as investigações do mensalão do DEM.
Primeiro governador do país detido no exercício do mandato, Arruda já superou a marca do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), que, em 2005, ficou 40 dias preso também por atrapalhar a Justiça.
A decisão de julgar o pedido da defesa para a revogação da prisão preventiva foi do ministro do STJ, Fernando Gonçalves, relator do caso, que se aposenta no dia 20, ao completar 70 anos. Gonçalves vai submeter o pedido à Corte Especial -que reúne os 15 ministros mais antigos.
Para o advogado do ex-governador, Nélio Machado, não há mais justificativas para a manutenção da prisão. "A prisão do jeito que está é ilegal porque ele [Arruda] não tem como atrapalhar as investigações. Agora, não é questão de inocência, é questão de que a prisão é desnecessária", afirmou.
A nova justificativa apresentada por Machado para pedir a liberdade do ex-democrata é que os depoimentos à Polícia Federal de testemunhas e pessoas envolvidas no suposto esquema de arrecadação e pagamento de propina acabaram na semana passada.

Prorrogação
O relatório da Polícia Federal com o resultado dos interrogatórios e a perícia dos vídeos de políticos, assessores e empresários recebendo suposta propina deve ser encaminhado hoje ao STJ e ao Ministério Público. A expectativa é que o delegado Alfredo Junqueira solicite, pela segunda vez, a prorrogação das investigações por mais 30 dias.


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