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CNJ instala fórum de conflitos fundiários
Objetivo é agilizar processos ligados à posse das terras
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O CNJ (Conselho Nacional
de Justiça) instalou ontem o
Fórum Nacional de Conflitos
Fundiários. O objetivo é agilizar ações judiciais relacionadas
à posse rural e urbana que tramitam há anos na Justiça.
A ideia do fórum surgiu depois que Gilmar Mendes, que
preside o CNJ e o Supremo Tribunal Federal, criticou as ações
do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
No encontro, do qual participaram Mendes e o ministro do
Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, além de representantes do Ministério da Cidade, do Ministério Público e
do CNJ, foi estabelecido que o
próximo encontro acontecerá
em setembro e será organizado
por um "comitê executivo".
Em 15 dias, o CNJ deverá editar portaria com os integrantes
do comitê executivo, metas e a
periodicidade dos encontros.
Ao abrir os trabalhos, Mendes evitou fazer novas críticas
ao MST e afirmou ser necessária uma especialização do Judiciário para tratar do tema. "É
preciso repensar todo o processo judicial direcionado à resolução dos conflitos fundiários
rurais e urbanos de modo a torná-lo mais célere e eficaz."
Ele também admitiu que um
problema a ser resolvido é a diferença de critérios usados por
Executivo e Judiciário ao definir a terra como improdutiva.
O ministro Cassel, por sua
vez, afirmou que o fórum será
importante para ajudar a solucionar pelo menos 200 processos judiciais que tratam de desapropriação de terras.
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