São Paulo, domingo, 12 de junho de 2005

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O LÍDER DO PP

José Janene é alvo de processos

DA AGÊNCIA FOLHA

Em meio à maior crise política da atual administração federal, que culminou com a instalação da CPI dos Correios, o deputado José Janene (PP-PR), 49, líder do partido na Câmara, nega ser um aliado do governo Lula, apesar de a sigla estar na base de apoio.
Polêmico, o parlamentar, que iniciou sua carreira política em 1981, pelo PMDB, é alvo de processos por licitações fraudulentas. Em 1992, em sua primeira participação eleitoral, já tinha migrado para o PDT, quando ficou como suplente de deputado. Foi nesse ano que sofreu seu primeiro processo. Sua empresa na época, a Eletrojan, foi acusada de superfaturar postes de iluminação pública na construção de uma avenida em Foz do Iguaçu (PR). A empresa acabou falida, mas Janene diz que ganhou a causa no STF.
Eleito deputado federal em 1994 pelo então PST -que virou PP, virou PPB e voltou a PP-, não deixou mais o partido. Desde então sofreu, só em Londrina (PR), sua base eleitoral, sete processos por participação no esquema de corrupção que desviou R$ 169 milhões da Prefeitura de Londrina na administração Antônio Belinati (ex-PFL, hoje no PSC), cassado em maio de 2000.
"Consegui fazer subir todos os processos para o STF e vou provar que sou inocente. Fui vítima de um Ministério Público ensandecido", diz, na defesa.
Em 2002, o doleiro Alberto Youssef -apontado pela Procuradoria como envolvido em lavagem de dinheiro- foi preso em Londrina com um cheque nominal a Janene de R$ 150 mil. Na época, Janene disse ser "avalista" de uma transação entre o doleiro e um advogado.

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