São Paulo, quarta-feira, 12 de julho de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA

Temer reage a governistas do PMDB e apóia Alckmin

Peemedebista quer reunir nos próximos dias candidato tucano e lideranças do partido

Presidente da legenda diz que se manifestou porque estava sendo formada "uma consciência geral de que o PMDB por inteiro apóia Lula"

MALU DELGADO
DA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

Em represália aos assédios e acertos feitos entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PMDB governista, o presidente nacional da legenda, deputado Michel Temer (SP), declarou ontem apoio à candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República.
Temer comunicou a decisão a Alckmin no sábado, em São Paulo. Ele não conseguiu, porém, arrancar nenhum compromisso de apoio do ex-governador Orestes Quércia (PMDB-SP) ao tucano. Ouviu do presidente do diretório regional e candidato ao governo em São Paulo que, no Estado, os dirigentes estão liberados para ingressar na campanha presidencial que desejarem.
O presidente do PMDB vai articular, nos próximos dias, um encontro entre Alckmin e lideranças do partido, como os ex-governadores Jarbas Vasconcelos (PE), Luiz Henrique (SC) e Joaquim Roriz (DF). Também será um contraponto às constantes imagens de Lula ao lado de lideranças do PMDB.
Após o anúncio, Temer recebeu na presidência do PMDB tucanos e pefelistas, incluindo o senador José Jorge (PFL-PE), candidato a vice-presidente na chapa de Alckmin.
Temer afirmou que se sentiu na obrigação de fazer o anúncio oficial de apoio a Alckmin porque estava sendo formada "uma consciência geral de que o PMDB por inteiro apóia Lula". "Boa parte de nossos diretórios apoiarão outra candidatura ou deixarão em aberto os palanques", disse.
As duas alas do PMDB deram largada a uma verdadeira guerra de adesões às campanhas presidenciais. Temer mostrou um mapeamento "institucional", feito pela direção do partido, sobre a posição dos diretórios. Nove estão com Lula (AP, AM, RR, PA, BA, CE, SE, PB, MG), e sete, com Alckmin (SC, PR, MS, PE, DF, RO e AC). À noite, depois de se reunir com pefelistas e tucanos, ele fez um prognóstico ainda mais favorável a Alckmin, acrescentando três palanques (PI, RN e ES).
Haveria outros seis diretórios com "palanques em aberto", pela definição de Temer, e dois "duplos". Para a ala governista, de 75% a 80% dos diretórios farão campanha para Lula, formal ou informal.


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