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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA
Temer reage a governistas do PMDB e apóia Alckmin
Peemedebista quer reunir nos próximos dias candidato tucano e lideranças do partido
Presidente da legenda diz que se manifestou porque estava sendo formada "uma consciência geral de que o PMDB por inteiro apóia Lula"
MALU DELGADO
DA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
Em represália aos assédios e
acertos feitos entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o
PMDB governista, o presidente
nacional da legenda, deputado
Michel Temer (SP), declarou
ontem apoio à candidatura de
Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República.
Temer comunicou a decisão
a Alckmin no sábado, em São
Paulo. Ele não conseguiu, porém, arrancar nenhum compromisso de apoio do ex-governador Orestes Quércia
(PMDB-SP) ao tucano. Ouviu
do presidente do diretório regional e candidato ao governo
em São Paulo que, no Estado, os
dirigentes estão liberados para
ingressar na campanha presidencial que desejarem.
O presidente do PMDB vai
articular, nos próximos dias,
um encontro entre Alckmin e
lideranças do partido, como os
ex-governadores Jarbas Vasconcelos (PE), Luiz Henrique
(SC) e Joaquim Roriz (DF).
Também será um contraponto
às constantes imagens de Lula
ao lado de lideranças do PMDB.
Após o anúncio, Temer recebeu na presidência do PMDB
tucanos e pefelistas, incluindo
o senador José Jorge (PFL-PE), candidato a vice-presidente na chapa de Alckmin.
Temer afirmou que se sentiu
na obrigação de fazer o anúncio
oficial de apoio a Alckmin porque estava sendo formada
"uma consciência geral de que
o PMDB por inteiro apóia Lula". "Boa parte de nossos diretórios apoiarão outra candidatura ou deixarão em aberto os
palanques", disse.
As duas alas do PMDB deram
largada a uma verdadeira guerra de adesões às campanhas
presidenciais. Temer mostrou
um mapeamento "institucional", feito pela direção do partido, sobre a posição dos diretórios. Nove estão com Lula (AP,
AM, RR, PA, BA, CE, SE, PB,
MG), e sete, com Alckmin (SC,
PR, MS, PE, DF, RO e AC). À
noite, depois de se reunir com
pefelistas e tucanos, ele fez um
prognóstico ainda mais favorável a Alckmin, acrescentando
três palanques (PI, RN e ES).
Haveria outros seis diretórios com "palanques em aberto", pela definição de Temer, e
dois "duplos". Para a ala governista, de 75% a 80% dos diretórios farão campanha para Lula,
formal ou informal.
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