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Parlamentares aprovam a LDO e entram em férias
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Congresso Nacional aprovou ontem a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), texto
que servirá de base para a elaboração do Orçamento Geral
da União para 2008, e com isso
deu o sinal verde para as férias
dos deputados federais e senadores -que na prática começam a partir de hoje.
A sessão conjunta do Senado
e da Câmara foi presidida pelo
vice-presidente do Congresso,
deputado Nárcio Rodrigues
(PSDB-MG), já que o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), foi convencido
por seus aliados a não comparecer, para evitar desgaste.
Havia a ameaça de deputados
da oposição de constrangê-lo
publicamente na sessão. Mesmo sem a presença de Renan,
três deputados (dois do Democratas e um do PSOL) o criticaram no microfone do plenário.
"Se formos falar de mão sujas, certamente não serão as
nossas. Lutamos por um espaço ético para que sejamos comandados por aqueles que possam não só mostrar como provar que tem mãos limpas", disse o líder da bancada do DEM,
Onyx Lorenzoni (RS), se referindo à fala de anteontem de
Renan, em que ele afirmou que
se a oposição quiser tirá-lo do
cargo terá que "sujar as mãos".
"Ele começou a se debilitar
fortemente. Revela que não
tem mais condições de presidir
o Congresso", afirmou Chico
Alencar (PSOL-RJ).
Recesso
O recesso do Congresso Nacional começa oficialmente na
próxima quarta-feira e termina
em 31 de julho. Mas, na prática,
deputados e senadores terão
hoje como o último dia de trabalho em Brasília. Eles só devem retomar as votações na segunda semana de agosto.
Na votação de ontem da LDO
-aprovada de forma simbólica,
sem registro nominal dos votos-, a oposição conseguiu
derrubar a proposta que o governo havia incluído e que lhe
dava mais liberdade para executar o Orçamento.
No texto derrotado, o governo poderia executar os recursos de investimento (para fazer
novas obras) mesmo que o Orçamento do ano não tivesse sido aprovado pelo Congresso, o
que é vedado hoje.
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