DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeitura diz que não usa o dinheiro público para produzir material de campanha. Segundo a assessoria de Gilberto Kassab, o sistema de monitoramento leva em consideração palavras-chave.
O contrato foi iniciado em março de 2006. "Até aquele momento a administração usava serviço semelhante, de outra empresa, contratada ainda na administração anterior, que não oferecia digitalização das notícias."
"A marcação nas cores (vermelho, amarelo, verde e cinza) reproduz o senso comum e a avaliação dos funcionários, da empresa e da Secretaria de Comunicação."
A administração tem cerca de 500 senhas, distribuídas entre secretários, presidentes de autarquias, chefes-de-gabinete e coordenadores de áreas e assessores de imprensa.
"Serviços de clipping são um instrumento fundamental para a administração pública ou privada de serviços. Ficamos sabendo pelo clipping e buscamos responder com precisão graças à reprodução digital da matéria original, seja ela de rádio, TV, jornal ou internet." Entre as palavras-chave citadas estão "prefeitura", "São Paulo", "capital", "câmara", "municipal". "Nomes de órgãos ou serviços públicos são usados como forma de automatizar o serviço."
A administração lembra que, na visita a São Paulo do presidente dos EUA, George W. Bush, muitas notícias foram veiculadas.
Décio Paes Manso, diretor e sócio da Boxnet, afirma que a empresa faz apenas uma análise de cerca de 500 palavras-chave.
"Se citar "Prefeitura de São Paulo", não me interessa se é eleição ou não. Sou obrigado por contrato a passar para a prefeitura. Quem faz a triagem, se isso interessa à análise ou não, são eles", afirma Manso.
"Não cabe a nós falar se isso é prefeitura, mas não diz respeito à prefeitura agora, mas a uma situação futura de eleição. Se não, sou penalizado no contrato", complementa.
Segundo o diretor, algumas das análises por cor são feitas na própria empresa, outras na prefeitura. Manso diz que na internet a seleção é automática. Já em rádio e TV, a maior parte é manual.


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