São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 2008 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br Antes que custe a vida...
Já morreram oito, mas pela cobertura brasileira ao
longo do dia a notícia de ontem, na Bolívia, era a volta
do fornecimento de gás. Na própria Bolívia, até o oposicionista "La Razón" saiu a pedir "a mediação internacional", no editorial "Antes que a diferença nos custe a vida...". E por aqui a Reuters Brasil destacou que Lula ligou para Evo Morales e "decidiu mandar uma delegação para intermediar o conflito". "MASSACRE" Foi dia de contar os mortos, na mídia da Bolívia. Meio da tarde e a agência estatal falava em quatro mais 20 feridos em Pando, citando paramilitares vinculados ao governador oposicionista. O número foi confirmado pelo "La Razón", aparentemente mais isento diante do conflito, chegando depois a oito -e sublinhando a qualificação pelo governo Evo de "massacre". OUTRA VÍTIMA O "La Razón" noticiou que "meios e jornalistas viveram dia de ameaças e agressões" -e a estatal Agência Boliviana acrescentou que a federação dos jornalistas da América Latina condenou. O site Comunique-se ouviu correspondentes sobre os problemas que enfrentaram com a destruição da estatal de telecomunicações e também da televisão estatal. "GRAVE"
BRASIL E COLÔMBIA Nos EUA, correspondentes de "New York Times" e "Wall Street Journal" na Bolívia destacaram a expulsão do embaixador americano, até então sem confirmação, e a explosão que afetou o Brasil. Fim do dia e, com agências, o site do "NYT" ressaltava o número crescente de mortos. Também o telefonema de Lula para Evo Morales e o envio de delegação conjunta de "Argentina, Brasil e Colômbia". E por fim, ainda assim sem maior destaque, a expulsão do embaixador boliviano pelos EUA. OUTRA COISA
O VOTO DA CLASSE MÉDIA Mas a atenção da nova edição da "Economist" era outra, na América do Sul. Sob o título "Metade da nação, com a força de cem milhões de cidadãos", a revista levantou "o que a classe média planeja fazer com seu dinheiro -e seus votos". É ainda a pesquisa da FGV, que mostrou que o Brasil "agora é um país de classe média". A "Economist" registra que o PSDB costuma ter maior apoio na faixa, mas destaca a avaliação de Mauro Paulino, do Datafolha, de que "aqueles que se moveram das classes D e C vão provavelmente se manter com o PT". Por outro lado, a classe média "mudou o PT à sua própria imagem", a começar da retórica econômica. BRASIL NA CHINA Mais da "Economist". Ela foi à "maior comunidade de brasileiros da China", em Dongguang, mais do que em Pequim e Xangai, para contar como "aproveitam benefícios da globalização". MEXICANO NO "NYT" O próprio "NYT" noticiou, com foto, a aquisição de 6,4% do jornal pelo bilionário Carlos Slim -que tem Claro e Net no Brasil. Diz que ele costuma comprar ações de empresas em dificuldades, como no caso do "NYT", aos poucos, distante dos holofotes MAIS UMA CHANCE "WSJ", "FT" e "NYT" ainda noticiavam vagamente a busca de um comprador pelo banco Lehman Brothers, quando o site do "Washington Post" entrou à noite com a manchete de que o Tesouro (Fazenda) e o Fed (Banco Central) estavam dando "assistência" à venda para "um consórcio de empresas privadas". JAPÃO NO BRASIL Já a Reuters despachou de Tóquio reportagem com os "investidores japoneses que esperam explorar o potencial do Brasil". São os aplicadores individuais, que elevaram a aposta no país. Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: Belo Horizonte: Jô Moraes diz que campanha de Lacerda intimida eleitores Próximo Texto: Eleições 2008 / Datafolha: Beto Richa é 1º em ranking de prefeitos; Cesar Maia, o último Índice |
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