São Paulo, sábado, 12 de outubro de 2002 |
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SEGUNDO TURNO Presidente afirma em inauguração que mudança com "situação de descalabro e propostas descabeladas" é má "Para piorar, melhor não mudar", diz FHC
JULIA DUAILIBI PREFEITURA DE SP - "A prefeitura não conseguiu colocar um tostão nessa obra. Dois terços são do
Estado e um terço é federal. Não
tem importância. Sou paulistano,
esse terço vale pela cidade. É assim que nós vamos pouco a pouco reconstruindo este Brasil. Com
gente com a fibra de como Mário
Covas, com visão, com determinação. Não se faz nada de duradouro com mesquinharia. [Nem]
mesmo aqueles que prometem e
não cumprem. Deixa para lá. Vão
ficar pelo caminho porque nós
vamos levando adiante os programas que são do Brasil." ELEIÇÃO - "Nesse momento, fala-se muito em mudança. Mas
precisa ver para que lado. Se for
para mudar, para fazer plano que
não vai correr para a realidade,
melhor não mudar. Nós estamos
mudando o Brasil. E vamos continuar mudando. É essa a diferença
entre a retórica e o trabalho metódico, o trabalho construtivo, sem
placas para anunciá-lo." CRÍTICAS - "Este país está se fazendo com energia e não pode
perdê-la numa crítica estéril. É
preciso mudar para melhor, não
para pior. Mudar para melhorar
sempre. Para piorar, ai meu Deus,
deixe ficar como está, que não está tão mal assim." SONHO - "Sonhar é o que nós fizemos. Mas nós temos de continuar sonhando que o Brasil vai
continuar em mãos competentes
e que vai continuar construindo
com generosidade, sem ódio, sem
mesquinharia." CÂMBIO - "O Banco Central dispõe de muitos recursos [para controlar o câmbio". Não gosto de falar muito de câmbio. Isso é um assunto muito delicado, e qualquer
palavra pode servir para especulação. Entretanto nós estamos em
uma fase eleitoral, num ambiente
de incerteza. Não se sabe quem
será o próximo presidente e, sobretudo, a política que o próximo
presidente vai tomar." PROPOSTAS CLARAS - "É preciso
que se fale com mais força, com
mais ênfase, para que se mostre
ao Brasil que o leme vai continuar
em mãos firmes." MUDANÇA - "Eu sou favorável à
mudança. Estou fazendo mudanças. O que não pode é andar para
trás. Isso sim. Quando a mudança
é percebida como voltar para trás,
situação de descalabro, sem controle do Orçamento, não honrar
compromissos, ter propostas que
são descabeladas, que já fracassaram em muitos lugares, aí não é
mudança. É uma má mudança." DEBATE - "Sou um partidário ardoroso do diálogo, da conversa.
[Com exceção de uma sabatina
promovida pela CNBB em 1994,
FHC não participou de debates na
campanha daquele ano e na de
1998". É preciso explicar as coisas,
dizer cada um a que veio, com
muita clareza. A opção que nós
vamos fazer precisa ficar clara. O
presidente da República não é
simplesmente uma pessoa boa,
competente, lida, não lida, viajada, não viajada, que fala línguas
ou não. Isso não é o problema. O
problema é o seguinte: é líder ou
não. E é líder, lidera para que lado? Leva o país para que direção?
É preciso que a nação saiba e sinta
que caminho está sendo trilhado.
É um caminho seguro ou não?
Não palavras vagas: "Vamos mudar tudo o que está aí"." |
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