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AVALIAÇÃO
Para diretores do Datafolha e do Ibope, certos fatores, como usar cola ao votar, explicam diferença em algumas projeções
Institutos justificam resultados discrepantes
LUIZ CAVERSAN
DA REPORTAGEM LOCAL
A mudança de opção dos eleitores momentos antes da eleição, a
utilização da cola para copiar na
urna eletrônica os números dos
candidatos, o "efeito Lula" no favorecimento a petistas e diferenças nos métodos de cálculo da votação dos senadores são alguns
dos fatores apontados pelos institutos de pesquisa como responsáveis pela diferença entre algumas
das projeções feitas por eles e o resultado final da eleição.
Dos dois principais institutos de
pesquisa que atuaram nesta eleição, porém, tanto o Datafolha
(que não realizou pesquisa de boca-de-urna) quanto o Ibope fazem balanços positivos do conjunto de suas pesquisas.
Segundo o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, 42, houve
um movimento de mudança
"muito forte" nos momentos finais da eleição, fenômeno que
precisa ser devidamente avaliado.
Ele afirma que a urna eletrônica
introduziu uma nova dinâmica
no comportamento do eleitor.
Mas, na sua opinião, as tendências verificadas nesta eleição foram captadas pelo Datafolha.
Para a diretora-executiva do
Ibope, Márcia Cavallari, 59, as
pesquisas devem ser analisadas
em conjunto. Segundo diz, os números de uma sondagem, isoladamente, podem oscilar muito
em relação ao conjunto das informações que foram colhidas ao
longo da campanha.
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