São Paulo, sábado, 12 de outubro de 2002

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AVALIAÇÃO

Para diretores do Datafolha e do Ibope, certos fatores, como usar cola ao votar, explicam diferença em algumas projeções

Institutos justificam resultados discrepantes

LUIZ CAVERSAN
DA REPORTAGEM LOCAL

A mudança de opção dos eleitores momentos antes da eleição, a utilização da cola para copiar na urna eletrônica os números dos candidatos, o "efeito Lula" no favorecimento a petistas e diferenças nos métodos de cálculo da votação dos senadores são alguns dos fatores apontados pelos institutos de pesquisa como responsáveis pela diferença entre algumas das projeções feitas por eles e o resultado final da eleição.
Dos dois principais institutos de pesquisa que atuaram nesta eleição, porém, tanto o Datafolha (que não realizou pesquisa de boca-de-urna) quanto o Ibope fazem balanços positivos do conjunto de suas pesquisas.
Segundo o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, 42, houve um movimento de mudança "muito forte" nos momentos finais da eleição, fenômeno que precisa ser devidamente avaliado. Ele afirma que a urna eletrônica introduziu uma nova dinâmica no comportamento do eleitor. Mas, na sua opinião, as tendências verificadas nesta eleição foram captadas pelo Datafolha.
Para a diretora-executiva do Ibope, Márcia Cavallari, 59, as pesquisas devem ser analisadas em conjunto. Segundo diz, os números de uma sondagem, isoladamente, podem oscilar muito em relação ao conjunto das informações que foram colhidas ao longo da campanha.


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