William Bonner abriu o "Jornal Nacional" dizendo, apenas, "Nova York, 11 de outubro!". Já havia sido uma tarde com os televisores ligados nos canais de notícias, da CNN à BBC World, com transmissão muito semelhante à do 11 de Setembro. Sites reproduziam telas da Fox News e outras. No portal G1, a reação nos blogs, "como nos atentados de 11 de setembro".
Mas logo veio o FBI e -antes do "JN"- desmentiu a especulação de terrorismo. O site do "Washington Post" trocou de manchete ainda à tarde. O do "New York Times" manteve, mas com o enunciado "Yankee morre em desastre". O avião seria do arremessador dos Yankees, célebre time de beisebol da cidade.

O DEBATE, AFINAL
E a Globo reconheceu a existência do debate da Band, com quatro dias de atraso.
Foi ao dar o Datafolha no "Bom Dia Brasil", dizendo ser "a primeira pesquisa após o debate da TV Bandeirantes". À noite, no "Jornal Nacional", uma das manchetes foi para o levantamento, com o mesmo curto registro sobre o debate da concorrente, nada além.

LULA LÁ
Nos sites pelo mundo, com despachos de agências, títulos como "Presidente se mantém na liderança para o segundo turno", da Associated Press, "Lula, do Brasil, aumenta sua liderança em pesquisa", da Dow Jones, e "Lula amplia a liderança sobre Alckmin em pesquisa brasileira", da Bloomberg. E, em todas, "a primeira depois do debate".

TEMPO DE INTERNET
Sob o título "Uso de internet sobrepuja os jornais", o "Financial Times" noticiou na primeira página a pesquisa do Jupiter Research, tido hoje como um dos principais em levantamentos sobre a internet, anunciando que "pela primeira vez os europeus gastam mais horas on-line do que lendo jornais" -em média, quatro horas contra três.
A pesquisa ecoou na BBC, no "El País" e outros. É uma "mudança no equilíbrio de poder", segundo o instituto -que já havia registrado o mesmo nos Estados Unidos.

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No dizer da BBC News, "surfar na internet vence virar a página"