São Paulo, terça-feira, 12 de novembro de 2002 |
Próximo Texto | Índice
PAINEL A conta-gotas O PT estuda aumentar o salário mínimo em duas etapas no ano que vem. O valor iria para R$ 220 a partir de maio e chegaria a R$ 240 em novembro. A proposta é defendida por parte da bancada, mas ainda não foi aprovada por Lula nem Palocci. Na ponta do lápis Cada real de aumento do mínimo gera um gasto de cerca de R$ 180 milhões por ano na Previdência. Se o aumento for escalonado, o PT precisará conseguir R$ 1,8 bilhão a menos do que se o salário aumentasse para R$ 240 a partir de maio. Efeito cascata Sindicalistas ligados à CUT vêem o aumento escalonado com bons olhos. O problema, porém, é que trabalhadores de outros setores públicos e privados possam seguir o exemplo e pedir dois aumentos por ano. Negócio da China O PMDB deverá anunciar nos próximos dias participação no governo e apoio a Lula no Congresso. O partido aceita dois ministérios -um para a cúpula e outro para o grupo que se aliou ao PT na eleição- e o apoio para a presidência do Congresso. Duas certezas Lula avisou ao PT que escolheu apenas dois nomes para seu governo: José Dirceu e Antônio Palocci Filho. O presidente eleito, porém, não decidiu ainda que cargos eles ocuparão. Marketing político José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL), candidatos do PMDB à presidência da Câmara, resolveram deixar a campanha de lado até janeiro. Temem ser "queimados" por terem lançado seus nomes muito cedo. Transição disputada A Contag (entidade de trabalhadores na agricultura) emplacou um nome na equipe de transição, Humberto Oliveira. O prefeito do Recife, João Paulo (PT), indicou Tânia Bacelar. Além do irmão, Heitor, o governador Zeca do PT (MS), tenta escalar mais dois assessores. Água benta Coreaú (CE) escolherá novo prefeito na próxima sexta-feira. O eleito em 2000 morreu de uma doença 11 dias depois de sua posse. O vice também, em agosto, após uma queda. Surgiram três candidatos ao cargo. Ira aliada Deputados evangélicos liderados por Bispo Rodrigues (PL-RJ) preparam um abaixo-assinado para reclamar da ausência de representantes do grupo nas reuniões do pacto social coordenadas por Lula. O documento deverá ser entregue amanhã ao deputado José Dirceu (PT-SP). Réveillon abreviado A posse de Lula será mesmo em 1º de janeiro. O próprio presidente eleito descartou ontem, em conversas reservadas, qualquer possibilidade de a emenda que adia a posse para o dia 6 ser aprovada pelo Congresso. Jeitinho baiano A assessoria de Lula esqueceu de avisar à irmandade da igreja do Senhor do Bonfim, em Salvador (BA), que o presidente eleito queria visitá-la ontem. O problema é que ela não abre às segundas. O governo da BA teve de intervir para que o petista e comitiva pudessem entrar na igreja. Lista agrária Além do assentamento de 100 mil famílias, o MST vai pedir ao governo Lula que contrate agrônomos e técnicos em caráter de urgência e abra ouvidorias agrárias em todos os Estados, para prevenir conflitos no campo. Visita à Folha Massimo D'Alema, ex-primeiro-ministro da Itália e presidente do PDS (Partido Democrático da Esquerda), visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Donato di Santo, deputado do PDS e vice-diretor do departamento de relações internacionais do partido, de Vincenzo Petrone, embaixador da Itália no Brasil, e de Filippo La Rosa, primeiro-secretário comercial da embaixada. TIROTEIO Do empresário Lawrence Pih, apoiador do PT, explicando a função das reuniões do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social no governo Lula: - Servirá como instrumento de pressão para reduzir o custo no Congresso da aprovação dos projetos que Lula defende. CONTRAPONTO O menos indicado
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, visitou ontem
o governador eleito da Bahia,
Paulo Souto, o senador eleito
Antonio Carlos Magalhães e o
prefeito de Salvador, Antonio
Imbassahy, todos do PFL. |
|