São Paulo, terça-feira, 12 de novembro de 2002

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FAO acha difícil implementar "Fome Zero"

MARCIO AITH
DE WASHINGTON

A FAO, organismo das Nações Unidas para agricultura e alimentação, avaliou ontem que o "Fome Zero" deve servir como modelo para outros países da América Latina. No entanto, um dos diretores da entidade disse que o governo Lula terá dificuldades para canalizar dinheiro e esforços públicos para implementar o projeto.
"A grande qualidade do projeto é que se trata de uma reflexão profunda, que traz para o centro da administração pública o problema da fome", disse ontem o representante da FAO para a América Latina, Gustavo Gordillo de Anda. "Mas reconheço que não é fácil transformar uma reflexão num programa prioritário de ação que requer pressão política."
O representante da FAO e o coordenador do "Fome Zero", José Graziano da Silva, participaram ontem de um seminário sobre segurança alimentar patrocinado pela FAO e realizado no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). O "Fome Zero" não estava no centro do debate, era apenas um dos diversos projetos.
Após o evento, Graziano disse que algumas pessoas que criticam a proposta estão informadas e bem intencionadas. Na última quinta, em reunião preparatória do "pacto social", ele foi repreendido por Lula por ter dito, em resposta a críticas de Zilda Arns, que há pessoas "que não leram e não gostaram" do programa.
"Lula está certíssimo. Há pessoas que leram o projeto e que fazem críticas construtivas a ele. Quando mencionei a existência de pessoas que não leram o projeto, eu estava me referindo aos jornalistas da Folha. Principalmente aos que escrevem nos domingos."



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