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Sarney diz que decisão contra jornal não deve ser discutida
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Senado, José
Sarney (PMDB-AP), disse ontem que não deve ser discutida
a decisão do STF que manteve a
censura sobre o jornal "O Estado de S. Paulo". Anteontem, a
corte rejeitou o pedido do jornal de publicar informações sobre investigações da Polícia Federal sobre Fernando Sarney,
filho do senador.
"Decisão do Supremo a gente
deve sempre respeitar (...) O
país entregou ao Supremo o papel de guardião da Constituição. E, pela Constituição, os ministros do STF têm a delegação
do povo brasileiro para interpretar a lei", disse Sarney.
De volta ao trabalho após dez
dias de licença, Sarney foi questionado sobre a crise que se
abateu sobre Senado neste ano,
envolvendo-o diretamente.
"Tivemos um ano de muitos
problemas, mas atravessamos
os problemas e conseguimos
chegar ao fim do ano com a vida
do Senado normalizada."
Ele afirmou ainda que a reforma administrativa da Casa,
anunciada em julho, ficará para
o início do ano que vem.
"O meu desejo era votar a
matéria neste ano. Infelizmente, tive que sair durante mais de
dez dias e não sei se, no prazo
desta [próxima] semana, nós
teremos condições de votar."
Sarney ainda disse que, no
ano que vem, irá priorizar a votação de uma nova reforma política. Afirmou que já convidou
especialistas para formar uma
comissão para formular propostas para novas mudanças
nas regras eleitorais.
O presidente do Senado defendeu "uma lei consolidada,
em vez de fazermos instruções
e leis periódicas e circunstanciais a esse respeito".
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