|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA
PEC paralela e tributária estão na pauta
Votação sobre o Judiciário será "às sombras", diz Fausto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Francisco Fausto, criticou a inclusão da reforma
do Judiciário na pauta da convocação extraordinária do Congresso Nacional. Ele disse que tem a
impressão de que o objetivo é votar o tema "às sombras". A pauta
foi publicada ontem no Diário
Oficial da União pela Presidência
da República.
"Quando se propõe que a reforma seja apreciada durante o recesso do Judiciário, a impressão
que se tem é que o objetivo é votá-la às sombras", afirmou em nota.
Já os presidentes do Superior
Tribunal Federal, Maurício Corrêa, e do Superior Tribunal de Justiça, Nilson Naves, consideraram
válida a inclusão da reforma na
pauta da convocação.
"Não vejo nenhuma dificuldade
em entender que a inclusão se fazia necessária", disse Corrêa. No
entanto, ele afirma que o tempo é
muito curto para que haja as discussões e as votações sobre o tema. A convocação vai de 19 de janeiro a 13 de fevereiro. "Não será
resolvido, fatalmente, porque a
reforma não é projeto de lei, mas
uma emenda à Constituição",
afirmou Corrêa.
"Consenso"
Nilson Naves defende a aprovação, durante a convocação, dos
"pontos de consenso", cujos conteúdos não foram detalhados pelo
ministro. "É possível, sim, discutir esse assunto durante a convocação, porque há pontos consensuais nesse projeto", disse.
A medida considerada mais polêmica pelos magistrados é o controle externo do Judiciário. Corrêa afirma que ainda não tem posição sobre o tema e Naves diz que
a proposta é inconstitucional. Já
Fausto afirma que a adoção do
controle externo será "altamente
prejudicial" para o Brasil.
Além da reforma do Judiciário,
também devem ser apreciadas,
durante a convocação extraordinária, a "PEC Paralela" (proposta
de emenda constitucional que
atenua os efeitos da reforma da
Previdência sobre o funcionalismo público), a reforma tributária,
os projetos da PPP (Parceria Público-Privada), do PPA (Plano
Plurianual) 2004-2007, de Biossegurança (que regulamenta a pesquisa e a comercialização de
transgênicos) e as medidas provisórias do setor elétrico.
Texto Anterior: Janio de Freitas: Presidentes no circo Próximo Texto: Saiba mais: Congresso já teve 18 convocações extras em 15 anos Índice
|