São Paulo, sexta-feira, 13 de janeiro de 2006 |
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PAINEL Duro na queda Lula, que em novembro havia escorregado para situação de empate técnico com Geraldo Alckmin (39% a 38%) na simulação de segundo turno da pesquisa mensal Pulso Brasil, do Ipsos Opinion, recuperou-se em dezembro. Bateu o governador paulista por 44% a 37%. Abriu distância No mesmo período, José Serra, o outro presidenciável tucano, ampliou de 9 para 14 pontos a vantagem sobre Lula na simulação de segundo turno. De acordo com o levantamento, hoje o prefeito derrotaria o petista por 51% a 37%. É a pesquisa, estúpido Serristas atribuem a esses resultados a súbita movimentação do governador para ganhar terreno na disputa interna do PSDB e sua declaração de que pesquisas, a esta altura do jogo, são "fotografia do passado". Tomou fôlego Subiram as notas médias dadas ao governo (4,91 para 5,13) e a Lula (6,17 para 6,34). O presidente experimentou melhora em atributos como "é gente como a gente" (64% para 70%), "tem passado limpo" (46% para 50%) e "tem preparo para ocupar o cargo" (43% para 46%). A Mão e a Luva Observados os atributos conferidos a Lula e a Antonio Palocci pelos entrevistados, o relatório do Ipsos conclui que o presidente e o ministro da Fazenda "se complementam". "Palocci é o fiador do governo junto ao eleitor mais escolarizado." Vento a favor O clima é de euforia no BC. Nem tanto pelo fechamento da inflação de 2005 dentro da meta, mas pela previsão, dominante entre analistas, de que o mesmo ocorrerá este ano e no seguinte. Por etapas Para tentar acalmar as centrais e fechar o novo salário mínimo em R$ 350, o governo vai propor um calendário anual de antecipação de sua vigência. Em 2009, o reajuste se daria em janeiro. Claque reduzida As centrais sindicais, com exceção da CUT do ministro Luiz Marinho, boicotarão o anúncio do novo mínimo por Lula, caso o governo não aceite antecipar o reajuste em dois meses. Bico fechado 1 Acusado pelo TCU de irregularidades nos negócios com o BMG, o presidente da Caixa, Jorge Mattoso, pediu ontem o apoio da CPI dos Correios à criação de uma espécie de "lei da mordaça" para o tribunal. Bicho fechado 2 Mattoso quer norma para evitar a divulgação de conclusões do tribunal antes de ouvido o contraditório. Em carta ao TCU, ele alegou que seus direitos constitucionais foram feridos. Temporada de caça Na próxima semana, parlamentares governistas vão cobrar nas tribunas do Congresso que Osmar Serraglio (PMDB-PR), relator da CPI dos Correios, dê os nomes de quem estaria por trás do acordão para salvar os mensaleiros da degola. Au revoir Relator do já atrasado processo contra Pedro Corrêa (PP-PE) no Conselho de Ética, Carlos Sampaio (PSDB-SP) tem viagem marcada para a França na próxima terça-feira. Dízimo parlamentar O deputado José Divino (RJ) doou os vencimentos da convocação extraordinária, R$ 26 mil, para a Igreja Universal, "dona" de seu partido, o PMR. Visita à Folha Celso Luiz Limongi, desembargador e presidente do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Claudio Gracioto, juiz e chefe do Gabinete Civil da presidência do tribunal, e de Antonio Matiello, assessor de imprensa da presidência. TIROTEIO Do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), sobre o inquérito que investiga o mensalão e que corre em sigilo no Supremo: -Está na mão do STF a chance de acabar com a pizza na Câmara. É só divulgar o inquérito. CONTRAPONTO O guarda-costas
A CPI dos Correios discutia
ontem o papel dos fundos de
pensão no valerioduto quando a
sessão, até então aberta, passou
a ser realizada a portas fechadas
por decisão do Supremo. |
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