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Gasto com salários deve crescer 16% em SP
Neste ano eleitoral, previsão de despesa da prefeitura com folha de pagamento é de R$ 7,3 bi, um acréscimo de R$ 1,01 bi
Boa parte desse aumento deverá ser consumida com um novo plano de carreira para os cerca de 50 mil servidores da área da saúde
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
As despesas da Prefeitura de
São Paulo com folha de pagamento terão um crescimento
de quase 16% neste ano eleitoral de 2008. Será R$ 1,012 bilhão a mais para o servidor.
No Orçamento deste ano, a
previsão de gastos com pessoal
é de R$ 7,371 bilhões, 15,91% a
mais do que o comprometido
("empenhado") em 2007:
R$ 6,359 bilhões.
Boa parte desse acréscimo
deverá ser consumida com um
novo plano de carreira para os
cerca de 50 mil servidores da
área da saúde. A proposta deverá ser enviada em fevereiro à
Câmara Municipal. E terá efeito retroativo a 1º de janeiro.
Em outro afago ao servidor, o
prefeito de São Paulo, Gilberto
Kassab (DEM), determinou à
equipe econômica a elaboração
de simulações para medir o impacto de um reajuste generalizado para os servidores.
Outra hipótese em estudo é a
concessão de benefícios que
não sejam incorporados ao
vencimento, a exemplo do vale-alimentação adotado em 2007.
"Precisamos esperar a confirmação de receitas no início
deste ano, como a do IPTU, para ver se é possível conceder algum benefício ao funcionalismo", disse Kassab.
Embora se comprometa apenas com a reorganização da
área de saúde, Kassab admite
que a alta dotação orçamentária tem como objetivo a concessão de algum benefício para o
conjunto do funcionalismo. Só
espera concretizar essa receita.
O prefeito tem dito que considera natural a idéia de disputar
a reeleição.
Em fevereiro, o prefeito deverá anunciar um reajuste de
cerca de 15% para todos os servidores da saúde, extensivo aos
aposentados. Mas, segundo o
secretário da Saúde, Januario
Montone, o volume mais expressivo de reajuste será concedido por intermédio de gratificações por desempenho.
Como este é um ano eleitoral,
o reajuste deverá ser aplicado
até março, o que antecipa em
dois meses a data-base do funcionalismo municipal.
No ano passado, a prefeitura
concedeu vale-alimentação de
R$ 190 para todos os servidores
com salário inferior a cinco salários mínimos.
Com custo mensal de R$ 20
milhões, a medida atingiu cerca
de 100 mil dos 134 mil servidores do município.
Também no ano passado, a
prefeitura fixou novo plano de
carreira para educação. O aumento -estabelecido graças a
gratificações- foi o que mais
pesou para o acréscimo das
despesas com pessoal em 2007.
De 2006 para 2007, os gastos
com folha de pagamento saltaram de 12,77%, passando de
R$ 5,639 bilhões para R$ 6,359
bilhões. Ainda segundo dados
disponíveis no Novo Seo, sistema de execução orçamentária
da prefeitura, as despesas com
pessoal tiveram um crescimento de 37% entre os anos de
2005 a 2008.
"Os gastos com pessoal estão
bem abaixo dos limites fixados
por lei. Podemos adotar uma
política de valorização do servidor. Já fizemos o dever de casa,
fizemos o ajuste", justificou
Montone.
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