São Paulo, terça-feira, 13 de janeiro de 2009 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br Capítulo novo
Na manchete on-line do espanhol "El País", "Obama promete um novo capítulo com a América Latina". Foi em encontro ontem com o mexicano Felipe Calderón e, pelo relato, o presidente eleito nada especificou, não passando de "uma nova página nas relações", sem as "tensões dos últimos anos" etc. De saída do cargo, o atual secretário-adjunto de Estado para a América Latina, Thomas Shannon, deu entrevista ao mesmo "El País" e defendeu cooperação com Cuba, por exemplo, no combate ao tráfico. Pelo que relatou o ministro Roberto Mangabeira Unger ao "Estado", foi também o que assessores de Obama pediram do Brasil, apoio militar contra o narcotráfico, e ele rejeitou. Por sites sul-americanos e agências, chegando ao site americano de "estratégia" Stratfor, o que importou da conversa de Mangabeira com a equipe de transição de Obama foi a sugestão do ministro para recorrer ao Brasil como "mediador" nas conversas com Cuba, Venezuela, Bolívia. SUL EMERGENTE
A INTEGRAÇÃO O ensaio central do WPR é de Shannon O'Neill, da instituição Council on Foreign Relations, sobre "a promessa e os perigos da integração sul-americana". Avalia que a integração é um dos fatos "mais notáveis" da região no século 21 e resulta em parte da atenção americana voltada a "outras áreas do mundo". Mas "ainda assim, apesar de sua exclusão do processo, os Estados Unidos se beneficiariam da integração", que traria "segurança e estabilidade" à América do Sul. O INTERLOCUTOR No texto sobre o Brasil do especial, Peter Kingstone discute se "o gigante adormecido está acordando", afinal. Observa que "o país tem gerado um grau de interesse e excitação internacional que era inteiramente inesperado até dez anos atrás". Diz que "o Brasil se tornou o interlocutor mais importante dos EUA" na região, em parte "por se contrapor a Hugo Chávez", e que a política externa "ambiciosa" de Lula não deve ser afetada quando ele deixar o poder. BRICS, DE NOVO
Como a "Economist" da semana, também o "New York Times" voltou seus olhos para os mercados emergentes, que estão "em baixa agora", mas ofereceriam boas oportunidades de investimento e retorno. E tratou de diferenciar os Brics, com China e Brasil em melhor situação econômica, a Índia logo atrás e a Rússia em apuros. O jornal relacionou analistas diversos, propondo investir no país e, em especial, na Petrobras do pré-sal. Em reportagem sobre os investimentos da gigante do petróleo Exxon Mobil, o "Wall Street Journal" foi além e relatou que, "em especial, analistas veem uma parceria com o Brasil" no horizonte da companhia para este ano, ela que estaria hoje com recursos de sobra. INVESTIR, INVESTIR Do "Jornal Nacional" à manchete do UOL, Lula voltou das férias ao lado de José Serra e Dilma Rousseff e prometendo "intensificar as ações anticrise". Mais precisamente no dia 22, aniversário do PAC e dois dias depois da posse de Obama. AJUDA ESTATAL A promessa de Lula de ampliar a "ajuda estatal", feita no "Café com o Presidente", foi também o que mais ecoou do Brasil no exterior, em despacho da Associated Press no site do "NYT" e de outros e no topo das buscas por Google News e Yahoo News. BOOM LATINO
O Google encomendou uma pesquisa sobre a internet na
América Latina e o "Miami Herald" informou ontem que
ela vive "boom" por aqui, em "expansão dramática" pelos
computadores mais baratos e o crescimento da banda larga. Chega hoje a 100 milhões, nos dez países levantados, e bateria nos 160 milhões em cinco anos.
O chanceler Celso Amorim se encontrou com a colega
israelense no "JN" e, no relato da BBC Brasil, avaliou que
os EUA "já estão sentindo a pressão" da comunidade internacional no conflito em Gaza. A viagem ecoa por agências como a France Presse e a ação brasileira na ONU estava na manchete do site da Al Jazeera, ontem. Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: Polícia tem papel que revela divisão de verba no TJ-ES Índice |
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