São Paulo, sábado, 13 de fevereiro de 2010

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"Beija-Flor não pode pagar por erros dos outros", diz diretor

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

"A Beija-Flor não pode pagar pelo erro dos outros." Assim o diretor de Carnaval da escola, Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, mais conhecido como Laíla, avalia que a Beija-Flor não será prejudicada pela prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.
O governo de Brasília patrocinou a agremiação com R$ 3 milhões para contar a história da cidade, que completa 50 anos este ano.
Laíla disse não temer uma reação negativa do público ou dos julgadores. Afirmou ainda que a prisão não compromete o desfile nem reduz o ânimo dos foliões da escola.
"A situação política e tudo isso que aconteceu não tem nada a ver como o nosso Carnaval", disse. Segundo ele, não há referência política no enredo nem sobre o atual governo do DF. "Essa foi uma condição prévia para fazermos um desfile sobre Brasília. Só aceitamos porque não teve nenhum tipo de interferência política."
A Beija-Flor venceu uma licitação e foi escolhida entre outras escolas -como Mocidade e Porto da Pedra- para retratar os 50 anos de Brasília na Sapucaí em 2010.
Segundo o carnavalesco Alexandre Louzada, a única figura política do desfile será a do ex-presidente Juscelino Kubitschek, fundador da capital. O enredo, diz, foca lendas sobre a cidade, o misticismo que a cerca e a cultura candanga.
Por não enfocar a política, Laíla diz acreditar que o público e os jurados "vão fazer um julgamento técnico, de acordo com a apresentação da escola e a sua correlação com o enredo". Ele disse que a participação de Arruda não tinha sido acertada.


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