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"Beija-Flor não pode pagar por erros dos outros", diz diretor
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
"A Beija-Flor não pode pagar
pelo erro dos outros." Assim o
diretor de Carnaval da escola,
Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, mais conhecido como Laíla, avalia que a Beija-Flor não
será prejudicada pela prisão do
governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.
O governo de Brasília patrocinou a agremiação com R$ 3
milhões para contar a história
da cidade, que completa 50
anos este ano.
Laíla disse não temer uma
reação negativa do público ou
dos julgadores. Afirmou ainda
que a prisão não compromete o
desfile nem reduz o ânimo dos
foliões da escola.
"A situação política e tudo isso que aconteceu não tem nada
a ver como o nosso Carnaval",
disse. Segundo ele, não há referência política no enredo nem
sobre o atual governo do DF.
"Essa foi uma condição prévia
para fazermos um desfile sobre
Brasília. Só aceitamos porque
não teve nenhum tipo de interferência política."
A Beija-Flor venceu uma licitação e foi escolhida entre outras escolas -como Mocidade e
Porto da Pedra- para retratar
os 50 anos de Brasília na Sapucaí em 2010.
Segundo o carnavalesco Alexandre Louzada, a única figura
política do desfile será a do ex-presidente Juscelino Kubitschek, fundador da capital. O
enredo, diz, foca lendas sobre a
cidade, o misticismo que a cerca e a cultura candanga.
Por não enfocar a política,
Laíla diz acreditar que o público e os jurados "vão fazer um
julgamento técnico, de acordo
com a apresentação da escola e
a sua correlação com o enredo".
Ele disse que a participação de
Arruda não tinha sido acertada.
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