São Paulo, quarta-feira, 13 de março de 2002

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IMPRENSA

Cátedra Octavio Frias de Oliveira faz seminário

Para historiador, Folha inovou na cobertura da cultura e da política

DA REPORTAGEM LOCAL

Em palestra sobre a história da Folha, realizada anteontem para estudantes na Fiam (Faculdades Integradas Alcântara Machado), Nicolau Sevcenko, professor da USP, disse que este jornal foi o primeiro a tirar as consequências da fragmentação de assuntos e enfoques que surgiu na política e na cultura após o movimento estudantil de Maio de 1968.
Com isso, a partir dos anos 70 a Folha frequentemente se afastou de um certo modelo de mídia apenas preocupado com a defesa do establishment, em momentos de forte confronto político.
Sevcenko foi um dos participantes de seminário da Cátedra Octavio Frias de Oliveira, publisher deste jornal, homenageado no último dia 25 pela Fiam com o título de professor honoris causa.
A cátedra, administrada pela faculdade, programou para este ano outros cinco seminários. Eles abordarão temas como jornalismo cultural e internet na mídia.
Também participante do encontro de anteontem, Maria Helena Capelato, historiadora da USP, disse que nos anos 60 o jornal, mesmo "sem posição política muito bem demarcada", põe em prática um projeto interno de modernização. A partir de 1978 se engaja em favor da abertura política e pelo fim do ciclo militar.
Boris Fausto, igualmente historiador da USP, disse que os jornais não correm riscos imediatos em razão das tecnologias surgidas com o mundo globalizado. O risco está "na homogeneização da noticia e na padronização estereotipada da informação", que poderiam levar os órgãos da mídia impressa a perderem suas personalidades editoriais.


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