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IMPRENSA
Cátedra Octavio Frias de Oliveira faz seminário
Para historiador, Folha inovou na cobertura da cultura e da política
DA REPORTAGEM LOCAL
Em palestra sobre a história da
Folha, realizada anteontem para
estudantes na Fiam (Faculdades
Integradas Alcântara Machado),
Nicolau Sevcenko, professor da
USP, disse que este jornal foi o
primeiro a tirar as consequências
da fragmentação de assuntos e
enfoques que surgiu na política e
na cultura após o movimento estudantil de Maio de 1968.
Com isso, a partir dos anos 70 a
Folha frequentemente se afastou
de um certo modelo de mídia
apenas preocupado com a defesa
do establishment, em momentos
de forte confronto político.
Sevcenko foi um dos participantes de seminário da Cátedra
Octavio Frias de Oliveira, publisher deste jornal, homenageado no
último dia 25 pela Fiam com o título de professor honoris causa.
A cátedra, administrada pela faculdade, programou para este
ano outros cinco seminários. Eles
abordarão temas como jornalismo cultural e internet na mídia.
Também participante do encontro de anteontem, Maria Helena Capelato, historiadora da
USP, disse que nos anos 60 o jornal, mesmo "sem posição política
muito bem demarcada", põe em
prática um projeto interno de
modernização. A partir de 1978 se
engaja em favor da abertura política e pelo fim do ciclo militar.
Boris Fausto, igualmente historiador da USP, disse que os jornais não correm riscos imediatos
em razão das tecnologias surgidas
com o mundo globalizado. O risco está "na homogeneização da
noticia e na padronização estereotipada da informação", que
poderiam levar os órgãos da mídia impressa a perderem suas
personalidades editoriais.
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