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Presidente estadual do PDT é alvo da PF em Rondônia
Empresa de Acir Gurgacz em Manaus é suspeita de fraude em financiamento de R$ 19 mi
Pedetista foi diplomado
senador em Rondônia em
2007, mas perdeu a vaga;
suposto esquema envolve
funcionários do Basa, no AM
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
A Polícia Federal fez uma devassa ontem em empresas e
propriedades de Acir Gurgacz,
presidente do PDT em Rondônia, por suspeita de fraudes em
financiamento de mais de
R$ 19 milhões obtido no Basa
(Banco da Amazônia). Funcionários do banco são investigados sob suspeita de corrupção.
Em maio de 2007, Gurgacz
chegou a ser diplomado senador pelo Tribunal Regional
Eleitoral na vaga de Expedito
Júnior (PR) -que foi cassado,
mas conseguiu retornar ao cargo por meio de recurso.
Sem diploma e foro privilegiado, Gurgacz foi indiciado por
suspeita de lavagem de dinheiro, crime contra o sistema financeiro e formação de quadrilha -junto com seu pai, Assis, a
mãe, Nair, e o irmão Algacir,
além de um ex-gerente da empresa Eucatur (União Cascavel) Adelino Silva. A Eucatur,
da qual Gurgacz é sócio junto
com os outros familiares, explora há mais de 20 anos os sistemas de transporte coletivo de
Manaus e interestadual entre
Amazonas e Roraima.
O suposto esquema de fraudes em financiamentos do Basa
concedidos à Eucatur foi descoberto em 2006. "O Detran do
Amazonas encontrou discrepância nos números de chassis
da empresa. Como se trata de
verba federal, começamos a investigar", disse o delegado Domingos Sávio, coordenador da
Operação Articulados.
Segundo a investigação, os
sócios da empresa apresentaram ao banco sete ônibus articulados como tendo sido fabricados em 2004, mas perícia determinada pela Justiça atestou
que os chassis são de 1993.
O banco, gerenciador do
Fundo Constitucional de Financiamento do Norte, deu à
Eucatur R$ 290 mil para a compra de cada ônibus.
Cada chassi, no entanto, custou à empresa R$ 12 mil, segundo a PF. Depois, os ônibus recebiam uma carroceria nova -espécie de "maquiagem" para driblar as auditorias do Basa.
Outra suposta fraude detectada nos financiamentos do
banco à Eucatur foi no pagamento de combustível com crédito expedido pelo banco.
Dos R$ 19 milhões, a PF comprovou fraudes em mais de
R$ 3 milhões. Ontem, a polícia
apreendeu computadores e
jóias na casa de Gurgacz, em
Manaus. Na casa de seu pai, em
Cascavel (PR), foram apreendidos documentos e US$ 13 mil.
Em Manaus, os agentes lacraram os sete ônibus articulados na sede da empresa.
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