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Serrista abre
espaço em SP
para Alckmin
Aloysio Nunes Ferreira diz a aliados que deve disputar o Senado pelo PSDB
Chefe da Casa Civil era um dos principais obstáculos à tentativa do ex-governador paulista de voltar ao cargo; desfecho contraria Kassab
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Numa demonstração de que
já está fora da disputa pelo governo de São Paulo, o chefe da
Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), avalia a hipótese
de concorrer ao Senado em outubro. Amigo de Nunes Ferreira e pré-candidato ao Senado, o
ex-governador Orestes Quércia
(PMDB) até avisou a aliados
que os dois deverão estar na
disputa por duas vagas.
Além de Quércia, Nunes Ferreira admitiu a outros aliados
-parlamentares e integrantes
do governo- que analisa a possibilidade. O aceno foi recebido,
no meio político, como um sinal de que ele atende a um pedido do governador de São Paulo,
José Serra (PSDB).
Braço direito de Serra, Nunes
Ferreira repete que ainda não
conversou com o governador
sobre seu destino político. Mas
sua movimentação alimenta a
crença de que Serra já fez um
apelo para que desista do governo em favor da candidatura
do secretário estadual e ex-governador Geraldo Alckmin.
Segundo aliados de Nunes
Ferreira, Alckmin ainda não foi
informado da opção por seu nome. Leal ao governador, o chefe
da Casa Civil abriria mão da
disputa interna no PSDB.
Antes disposto a concorrer
ao governo, Nunes Ferreira
conta a aliados que tem assistido até à TV Senado.
A hipótese de sua desistência
contraria o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). Desafeto de Alckmin, Kassab trabalha pela candidatura de Nunes Ferreira.
Câmara
A candidatura de Nunes Ferreira enterraria a pretensão de
outros dois secretários estaduais: Paulo Renato Souza
(Educação) e Xico Graziano
(Meio Ambiente).
Os dois já manifestaram ao
partido a intenção de concorrer
ao Senado. Mas admitem desistir para apoiar a candidatura de
Nunes Ferreira.
Nomes fortes para a Câmara
dos Deputados, Paulo Renato e
Graziano informaram ao PSDB
que preferem ficar nos cargos,
caso não concorram ao Senado.
O PSDB tem insistido para
que concorram, como estratégia para reforçar a campanha
de Serra no Estado. Depois de
avisar à própria família que não
disputaria, o deputado Arnaldo
Madeira foi persuadido a voltar
atrás. Sob pressão, Paulo Renato e Graziano devem disputar.
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