São Paulo, sábado, 13 de março de 2010

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Serrista abre espaço em SP para Alckmin

Aloysio Nunes Ferreira diz a aliados que deve disputar o Senado pelo PSDB

Chefe da Casa Civil era um dos principais obstáculos à tentativa do ex-governador paulista de voltar ao cargo; desfecho contraria Kassab

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Numa demonstração de que já está fora da disputa pelo governo de São Paulo, o chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), avalia a hipótese de concorrer ao Senado em outubro. Amigo de Nunes Ferreira e pré-candidato ao Senado, o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) até avisou a aliados que os dois deverão estar na disputa por duas vagas.
Além de Quércia, Nunes Ferreira admitiu a outros aliados -parlamentares e integrantes do governo- que analisa a possibilidade. O aceno foi recebido, no meio político, como um sinal de que ele atende a um pedido do governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
Braço direito de Serra, Nunes Ferreira repete que ainda não conversou com o governador sobre seu destino político. Mas sua movimentação alimenta a crença de que Serra já fez um apelo para que desista do governo em favor da candidatura do secretário estadual e ex-governador Geraldo Alckmin.
Segundo aliados de Nunes Ferreira, Alckmin ainda não foi informado da opção por seu nome. Leal ao governador, o chefe da Casa Civil abriria mão da disputa interna no PSDB.
Antes disposto a concorrer ao governo, Nunes Ferreira conta a aliados que tem assistido até à TV Senado.
A hipótese de sua desistência contraria o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). Desafeto de Alckmin, Kassab trabalha pela candidatura de Nunes Ferreira.

Câmara
A candidatura de Nunes Ferreira enterraria a pretensão de outros dois secretários estaduais: Paulo Renato Souza (Educação) e Xico Graziano (Meio Ambiente).
Os dois já manifestaram ao partido a intenção de concorrer ao Senado. Mas admitem desistir para apoiar a candidatura de Nunes Ferreira.
Nomes fortes para a Câmara dos Deputados, Paulo Renato e Graziano informaram ao PSDB que preferem ficar nos cargos, caso não concorram ao Senado.
O PSDB tem insistido para que concorram, como estratégia para reforçar a campanha de Serra no Estado. Depois de avisar à própria família que não disputaria, o deputado Arnaldo Madeira foi persuadido a voltar atrás. Sob pressão, Paulo Renato e Graziano devem disputar.


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