São Paulo, sábado, 13 de maio de 2006

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Promotoria deve investigar acusados de elo com fraude na Saúde, diz Aldo

DE BUENOS AIRES

O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), afirmou ontem que o esquema de corrupção envolvendo deputados investigado pela Operação Sanguessuga deve ser investigado pelo Ministério Público Federal, já que o clima de campanha eleitoral contaminaria os trabalhos de uma eventual CPI sobre o tema.
"Não recebemos nenhum pedido ainda de CPI. Mas acho que, em função da batalha eleitoral, caberia ao Ministério Público Federal fazer essa investigação", disse Aldo ontem, em entrevista coletiva em Buenos Aires.
Como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em Viena, Aldo teve de sair do país para não assumir a Presidência da República e se tornar inelegível nas eleições de outubro. Na viagem à Argentina, o presidente da Câmara aproveitou para contatar os líderes parlamentares locais. "Eles nem me perguntaram se Lula será candidato. Todos dão isso como certo", explicou.
Aldo voltou a criticar o vazamento da lista de parlamentares acusados de envolvimento no esquema de cobrança de propina em contratos do Ministério da Saúde e de municípios.
Evitou, porém, apontar a Polícia Federal como responsável pela chegada da lista à imprensa. "A Polícia Federal e o Ministério da Justiça têm noção de sua responsabilidade e prescindem de meus comentários." E completou: "A violação do segredo de justiça é inaceitável para a democracia".
O presidente da Câmara afirmou ter recebido, na noite da última quinta-feira, lista de 62 nomes de parlamentares envolvidos no esquema, que não será divulgada para respeitar "o segredo de Justiça". Aldo afirmou que espera conversar com os líderes dos partidos na Câmara para decidir se vai se pronunciar sobre a Operação Sanguessuga.


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