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Promotoria deve investigar acusados de elo com fraude na Saúde, diz Aldo
DE BUENOS AIRES
O presidente da Câmara, Aldo
Rebelo (PC do B-SP), afirmou ontem que o esquema de corrupção
envolvendo deputados investigado pela Operação Sanguessuga
deve ser investigado pelo Ministério Público Federal, já que o clima
de campanha eleitoral contaminaria os trabalhos de uma eventual CPI sobre o tema.
"Não recebemos nenhum pedido ainda de CPI. Mas acho que,
em função da batalha eleitoral, caberia ao Ministério Público Federal fazer essa investigação", disse
Aldo ontem, em entrevista coletiva em Buenos Aires.
Como o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva está em Viena, Aldo
teve de sair do país para não assumir a Presidência da República e
se tornar inelegível nas eleições de
outubro. Na viagem à Argentina,
o presidente da Câmara aproveitou para contatar os líderes parlamentares locais. "Eles nem me
perguntaram se Lula será candidato. Todos dão isso como certo",
explicou.
Aldo voltou a criticar o vazamento da lista de parlamentares
acusados de envolvimento no esquema de cobrança de propina
em contratos do Ministério da
Saúde e de municípios.
Evitou, porém, apontar a Polícia
Federal como responsável pela
chegada da lista à imprensa. "A
Polícia Federal e o Ministério da
Justiça têm noção de sua responsabilidade e prescindem de meus
comentários." E completou: "A
violação do segredo de justiça é
inaceitável para a democracia".
O presidente da Câmara afirmou ter recebido, na noite da última quinta-feira, lista de 62 nomes
de parlamentares envolvidos no
esquema, que não será divulgada
para respeitar "o segredo de Justiça". Aldo afirmou que espera conversar com os líderes dos partidos
na Câmara para decidir se vai se
pronunciar sobre a Operação
Sanguessuga.
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