São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 2008

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

É a economia

Logo abaixo das fotos de chineses ensangüentados, a home do "Wall Street Journal", como outras de EUA e Europa, deu o impacto na economia, "muito menor que a tempestade de neve", meses atrás.

 

De sua parte, no pouco que postou além da tragédia, a agência chinesa Xinhua adiantou o encontro nesta semana dos quatro Brics, o primeiro de Brasil, Rússia, Índia e China convocado exclusivamente, com foco em economia. Assim como a indiana PTI e a Agência Brasil, a Xinhua deu ainda a reunião de chanceleres do Ibsa, acrônimo para Índia, Brasil e África do Sul, em meio a operações navais conjuntas.

GUATEMALA?
O "Financial Times", que deu o suposto "esforço" da China para comprar terras para agricultura na América do Sul, adiantou ontem seu editorial "Investimento em comida, não imperialismo" -citando o golpe de 1954 na Guatemala, "apoiado pela CIA, em favor da United Fruit", mencionando também o Brasil como alvo da China, mas dizendo que um investimento externo não seria problema, desde que respeitada a "soberania".
A revista "US News", por outro lado, proclamou o Brasil como "potência de comida no mundo faminto".

"PERIGOSA COMO QUALQUER CIDADE"
Eric Thayer/observer.co.uk
O "Observer" foi a Port-au-Prince dar "novas estatísticas" e ouvir da força de paz, liderada pelo Brasil, que a imagem violenta do Haiti é "mito ultrapassado". Graças em parte ao Viva Rio, que levou para lá sua experiência em favelas

OUTRA AMÉRICA LATINA
Em novos textos estimulados pelo grau de investimento do Brasil, o site do "WSJ" deu ontem a análise "Dívida da América Latina não assusta mais os investidores". E o site da Americas Society, uma organização ("think tank") que reflete a política americana para o hemisfério, produziu longo relato avaliando que os países latino-americanos "desafiam a retração" nos EUA e "descolam".

ACORDAR E TROPEÇAR
Raymond Colitt, correspondente da agência Reuters no Brasil, produziu ontem a longa reportagem "Brasil, o gigante adormecido, acorda, mas pode tropeçar". Saúda a "forte liderança global", mas avisa que o país continua carregando o peso de "um Estado inchado e de problemas sociais assombrosos".

O TEMOR AMERICANO
Na manchete de ontem do "Washington Post", que ecoa regularmente o Departamento de Estado, o "temor" de que a capacitação em energia nuclear "do Golfo Pérsico à América Latina", Brasil inclusive, possa abrir "nova corrida armamentista". É o que diz um "funcionário sênior dos EUA", sem nome.

MILHO VS. CANA
O "New York Times" publicou o editorial "Repensando o etanol", cobrando mudanças nos subsídios ao álcool de milho produzido nos EUA. Nele, questiona seguidamente o milho, mas não menciona a cana. Já o canadense "Globe and Mail" deu a coluna "É hora de matar os subsídios ao milho e aceitar o Brasil" (go Brazilian).
De outra parte, a agência Ansa e outras ecoaram notícia do "Valor", de que a reunião entre o chanceler Celso Amorim e a representante comercial dos EUA, Susan Schwab, hoje e amanhã em Roma, vai negociar a tarifa imposta sobre o etanol importado do Brasil.


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@ - Nelson de Sá



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