São Paulo, terça-feira, 13 de junho de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA

Alckmin diz defender fim da reeleição a presidente

Três auxiliares de FHC vão integrar comando de campanha do candidato

Miguel Reale Junior deve coordenar as finanças, e o ex-secretário-geral Eduardo Jorge Caldas Pereira ficará numa das subcoordenações


CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, declarou ontem que incluirá o fim da reeleição, com mandato de qautro anos, na proposta de reforma política que enviará ao Congresso caso seja eleito.
A medida interessaria aos tucanos Aécio Neves e José Serra, apontados como pré-candidatos ao Planalto. O texto seria apresentado no início de 2007.
Ao longo do processo de escolha do candidato tucano, Alckmin concordou com a idéia logo após uma visita a Aécio, em Minas. Dias depois, disse que a decisão caberia ao Congresso. Agora, num momento em que depende do apoio dos dois, Alckmin reafirmou a defesa do fim da reeleição. Sua proposta de governo incluirá também a fidelidade partidária e o voto distrital misto.
Pelo menos três colaboradores do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) vão participar do comando central da campanha de Alckmin. Segundo desenho traçado ontem por Alckmin e o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, a coordenação administrativa ficará a cargo de José Lucena Dantas, chefe de gabinete de FHC.
A coordenação financeira ficará por conta do ex-ministro da Justiça de FHC Miguel Reale Junior. Como integrante do comitê financeiro, ele deverá ser o responsável pela prestação de contas da campanha. O PSDB estaria com dificuldade de definir outros dois voluntários para compor o comitê.

Eduardo Jorge
Já o ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas ocupará uma subcoordenação, possivelmente a de logística, da área operacional.
Para a coordenação operacional, Tasso deverá convidar um antigo colaborador do Ceará. O jornalista Luiz Gonzalez comandará a coordenação de comunicação, que deverá reunir cerca de 20 empresas, incluindo quatro diferentes institutos de pesquisa. Para assumir a função, ele se desligará de sua empresa, a Lua Branca.
Coordenador-geral da campanha, Sérgio Guerra deverá acumular a coordenação política. Pelo organograma de Tasso, Guerra está subordinado apenas ao conselho político formado por líderes e presidentes de partidos. Sob seu comando estão as coordenações e três assessorias diretamente vinculadas: a jurídica, chefiada pelos advogados Ricardo Penteado e Eduardo Alckmin; a de agenda,de Felipe Sigollo; e a de programa de governo, exercida por João Carlos Meirelles.
Ontem, em um almoço em que discutiu a campanha, Alckmin, Tasso, Guerra, Gonzalez e seu sócio, Woile Guimarães, o candidato também discutiu a costura de alianças regionais. O Rio -onde o tucano não conta com palanque sólido- é apontado como um dos casos mais delicados. Mato Grosso, onde o acordo com o PPS ameaça degringolar, o Rio Grande do Sul e o Rio Grande do Norte também são objeto de atenção.


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