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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA
Alckmin diz defender fim da reeleição a presidente
Três auxiliares de FHC vão integrar comando de campanha do candidato
Miguel Reale Junior deve coordenar as finanças, e o ex-secretário-geral Eduardo Jorge Caldas Pereira ficará
numa das subcoordenações
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, declarou ontem que incluirá o fim
da reeleição, com mandato de
qautro anos, na proposta de reforma política que enviará ao
Congresso caso seja eleito.
A medida interessaria aos tucanos Aécio Neves e José Serra,
apontados como pré-candidatos ao Planalto. O texto seria
apresentado no início de 2007.
Ao longo do processo de escolha do candidato tucano,
Alckmin concordou com a idéia
logo após uma visita a Aécio,
em Minas. Dias depois, disse
que a decisão caberia ao Congresso. Agora, num momento
em que depende do apoio dos
dois, Alckmin reafirmou a defesa do fim da reeleição. Sua proposta de governo incluirá também a fidelidade partidária e o
voto distrital misto.
Pelo menos três colaboradores do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) vão
participar do comando central
da campanha de Alckmin. Segundo desenho traçado ontem
por Alckmin e o presidente do
PSDB, Tasso Jereissati, a coordenação administrativa ficará a
cargo de José Lucena Dantas,
chefe de gabinete de FHC.
A coordenação financeira ficará por conta do ex-ministro
da Justiça de FHC Miguel Reale Junior. Como integrante do
comitê financeiro, ele deverá
ser o responsável pela prestação de contas da campanha. O
PSDB estaria com dificuldade
de definir outros dois voluntários para compor o comitê.
Eduardo Jorge
Já o ex-secretário-geral da
Presidência Eduardo Jorge
Caldas ocupará uma subcoordenação, possivelmente a de logística, da área operacional.
Para a coordenação operacional, Tasso deverá convidar
um antigo colaborador do Ceará. O jornalista Luiz Gonzalez
comandará a coordenação de
comunicação, que deverá reunir cerca de 20 empresas, incluindo quatro diferentes institutos de pesquisa. Para assumir
a função, ele se desligará de sua
empresa, a Lua Branca.
Coordenador-geral da campanha, Sérgio Guerra deverá
acumular a coordenação política. Pelo organograma de Tasso,
Guerra está subordinado apenas ao conselho político formado por líderes e presidentes de
partidos. Sob seu comando estão as coordenações e três assessorias diretamente vinculadas: a jurídica, chefiada pelos
advogados Ricardo Penteado e
Eduardo Alckmin; a de agenda,de Felipe Sigollo; e a de programa de governo, exercida por
João Carlos Meirelles.
Ontem, em um almoço em
que discutiu a campanha, Alckmin, Tasso, Guerra, Gonzalez e
seu sócio, Woile Guimarães, o
candidato também discutiu a
costura de alianças regionais. O
Rio -onde o tucano não conta
com palanque sólido- é apontado como um dos casos mais
delicados. Mato Grosso, onde o
acordo com o PPS ameaça degringolar, o Rio Grande do Sul e
o Rio Grande do Norte também
são objeto de atenção.
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