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Ministro nega reunião em 93 com contador
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A assessoria do ministro
Márcio Thomaz Bastos (Justiça) negou, em nota, que ele
tenha se reunido em 1993
com o contador Carlos Roberto Alves para discutir o
pagamento de US$ 4 milhões
a título de honorários advocatícios. "A apuração da PGR
[Procuradoria Geral da República] foi arquivada por solicitação do próprio [ex-]procurador [Carlos Fonteles],
acolhido pedido pelo Supremo Tribunal Federal", diz.
O ministro preferiu não
conceder entrevista à Folha
sobre o assunto. O pedido é
feito desde quarta-feira.
O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva e os ministros
que participam da reunião
semanal de coordenação política do governo avaliaram
que a revelação de um ex-cliente de que Bastos recebeu US$ 4 milhões no exterior é "requentada".
O ministro das Relações
Institucionais, Tarso Genro,
afirmou que Thomaz Bastos
tocou no assunto na reunião
de ontem e suas explicações
teriam sido satisfatórias para a cúpula do governo.
"Foi uma denúncia já feita
em outra oportunidade, investigada pela Polícia Federal e arquivada pelo Supremo. Portanto, é uma matéria
requentada", afirmou.
A Folha publicou ontem
que um ex-cliente do ministro, Ivo Morganti Jr., revelou
que fez remessa de US$ 4
milhões a Thomaz Bastos
em 1993, para pagamento de
honorários de caso em que o
hoje ministro da Justiça
atuou como advogado.
Foi aberta investigação da
Polícia Federal sobre o caso
em 2003, que acabou arquivada no ano seguinte, sem a
realização dos procedimentos básicos de investigações
de crimes financeiros.
Por meio de sua assessoria, Bastos afirmou que sua
primeira transação financeira no exterior ocorreu no final de 1994.
(RV, PDL e ES)
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