São Paulo, terça-feira, 13 de junho de 2006

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Ministro nega reunião em 93 com contador

DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A assessoria do ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) negou, em nota, que ele tenha se reunido em 1993 com o contador Carlos Roberto Alves para discutir o pagamento de US$ 4 milhões a título de honorários advocatícios. "A apuração da PGR [Procuradoria Geral da República] foi arquivada por solicitação do próprio [ex-]procurador [Carlos Fonteles], acolhido pedido pelo Supremo Tribunal Federal", diz.
O ministro preferiu não conceder entrevista à Folha sobre o assunto. O pedido é feito desde quarta-feira.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros que participam da reunião semanal de coordenação política do governo avaliaram que a revelação de um ex-cliente de que Bastos recebeu US$ 4 milhões no exterior é "requentada".
O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, afirmou que Thomaz Bastos tocou no assunto na reunião de ontem e suas explicações teriam sido satisfatórias para a cúpula do governo.
"Foi uma denúncia já feita em outra oportunidade, investigada pela Polícia Federal e arquivada pelo Supremo. Portanto, é uma matéria requentada", afirmou.
A Folha publicou ontem que um ex-cliente do ministro, Ivo Morganti Jr., revelou que fez remessa de US$ 4 milhões a Thomaz Bastos em 1993, para pagamento de honorários de caso em que o hoje ministro da Justiça atuou como advogado.
Foi aberta investigação da Polícia Federal sobre o caso em 2003, que acabou arquivada no ano seguinte, sem a realização dos procedimentos básicos de investigações de crimes financeiros.
Por meio de sua assessoria, Bastos afirmou que sua primeira transação financeira no exterior ocorreu no final de 1994.
(RV, PDL e ES)


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