São Paulo, segunda-feira, 13 de agosto de 2007

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Painel

RENATA LO PRETE painel@uol.com.br

Em ação

Dividindo a mesma faixa do eleitorado na corrida pela prefeitura paulistana, Geraldo Alckmin (PSDB), líder no Datafolha, e Gilberto Kassab (DEM), que animou aliados pelo desempenho na pesquisa, definiram metas de curto prazo para emplacar suas candidaturas. O ex-governador se dedica à estrutura partidária. Na quinta à noite, passou três horas com militantes de olho na troca do comando municipal da sigla, que terá a primeira etapa no domingo. Seu grupo enfrentará o de José Serra, pró-reeleição de Kassab. A eventual vitória de aliados do governador poderá ajudar o prefeito a atingir um objetivo: chegar a 25% de intenções de voto no início de 2008, quando PSDB e DEM terão de definir se vão juntos ou separados para as urnas.

É dela. Embora a probabilidade seja crescente, ainda não se sabe se Marta Suplicy entrará na disputa. Mas, dada a dominância de seus apoiadores no PT municipal, é certo que ninguém será candidato sem o aval desse grupo. O que exclui as opções Aloizio Mercadante e Fernando Haddad.

Canto da sereia 1. Com aval do Planalto, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, tenta reaproximação com o chamado "bloquinho" (PSB, PC do B e PDT). O objetivo é convencer os aliados históricos a abrir mão de candidaturas próprias em prol de petistas.

Canto da sereia 2. Berzoini esteve com Aldo Rebelo e Manuela D'Ávila, do PC do B, na semana passada. Tentou convencê-los a desistir das candidaturas em São Paulo e Porto Alegre, mas ouviu um não. O petista terá ainda reunião com o líder do PSB na Câmara, Márcio França (SP).

Menos um. O Conselho de Ética arquivará representação do PSOL pedindo apuração do suposto lobby de Renan Calheiros (PMDB-AL) a favor da Schincariol. A justificativa é que a acusação central é contra o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), que fez negócios com a empresa.

Pesos. Aliados de Renan fustigam Romeu Tuma (DEM-SP) após ele declarar que vai apurar denúncia de que o presidente do Senado usou laranjas para comprar uma rádio. Dizem que o corregedor deveria fazer o mesmo em relação às suspeitas lançadas sobre José Agripino (DEM-RN).

Espólio. O PMDB da Câmara já namora cargos de Renan. A jóia da coroa é o comando da Transpetro, ocupado hoje pelo ex-senador Sérgio Machado, ligado umbilicalmente ao presidente do Senado.

Encalhado. Os portos são problema sério para Walfrido dos Mares Guia garantir a aprovação da CPMF distribuindo cargos. O ministro das Relações Institucionais recebeu duas listas: uma do PSB e outra do PR. Em ambas, há indicações para quase todos os postos de confiança. E não há um único nome em comum.

Seguro. A recém-criada Secretaria de Portos, que até hoje funciona precariamente em um prédio da Esplanada dos Ministérios, vai ocupar imóvel alugado pela União por um ano por R$ 1,069 milhão.

Mais munição. Entre os projetos de Nelson Jobim para sua gestão no ministério da Defesa está a revitalização e o fortalecimento da Indústria de Material Bélico (Imbel).

Ajudinha. Barrados pelos governistas da CPI do Apagão Aéreo da Câmara, integrantes da oposição pedirão amanhã ao presidente da OAB nacional, Cezar Britto, apoio para a instalação de processo administrativo contra os diretores da Anac. O pedido fala em "ineficiência", "omissão" e "deslealdade às instituições".

Em tempo. O presidente da Assembléia paulista, Vaz de Lima (PSDB), diz que as cinco CPIs que prometeu pôr em funcionamento após o recesso estão paradas porque o prazo para a indicação de seus membros não foi concluído.

Tiroteio

A imagem do Congresso já está tão maculada que em pouco tempo não vamos mais lidar com a indignação, só com a indiferença das pessoas.


Do deputado federal CARLOS SAMPAIO (PSDB-SP) sobre a permanência de Renan Calheiros na presidência do Senado mesmo diante da avalanche de denúncias que recaem sobre o peemedebista.

Contraponto

Em nome da paz

No início dos anos 90, enquanto Leonel Brizola e TV Globo travavam sua eterna guerra, Juliana, neta do então governador do Rio de Janeiro, e Paulo, neto de Roberto Marinho, passaram a estudar na mesma sala de um colégio da capital fluminense.
Numa das feiras de ciência promovidas pela escola, os dois foram colocados no mesmo grupo. No dia da apresentação, o professor considerou baixa a qualidade do trabalho da dupla. Espirituoso, achou uma solução para não frustrar o esforço dos alunos:
-Não ficou muito bom, mas só por ver um Brizola e um Marinho trabalhando juntos, a nota de vocês é dez!


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