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Excesso de petições não gera impunidade, diz OAB
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil),
Luiz Flávio Borges D'Urso, diz
que "é um erro" imaginar que a
insegurança e a impunidade
são geradas pela quantidade de
recursos oferecidos pela defesa. "O problema é o desaparelhamento do Judiciário, que
demora para julgá-los", diz.
"O sistema que estabelece recursos é absolutamente salutar
no estado democrático de direito. É um mecanismo para diminuir, o quanto possível, a falha
humana, a possibilidade do erro judicial. Não existe recurso
protelatório", afirma D'Urso.
"Não tenho interesse em
procrastinar um processo em
que o réu já cumpriu a pena",
diz o advogado Aluísio Lundgren Corrêa Régis. Ele defende
os ex-policiais federais Jorge
Luiz Bezerra e César Herman
Rodrigues, denunciados na
Operação Anaconda. Ele justifica o pedido de certidões ao
STJ: "Fui a São Paulo duas vezes e ninguém sabe onde está o
processo. Pedi cópias das transcrições de áudio, não consegui".
Régis era advogado de Bezerra
e, depois, de Rodrigues.
"O MPF deveria apoiar o
exercício do direito de defesa,
que é uma garantia constitucional", diz o advogado Ricardo
Sayeg, que defende Nicolau dos
Santos Neto. "O direito de se
defender, principalmente da
prisão, é sagrado", diz Sayeg.
O escritório que defende o
juiz Roberto Haddad informa
que a questão do foro especial
para ação de improbidade ainda não é uma matéria pacificada. Ainda caberia recurso.
Os advogados da família Maluf afirmam que "a defesa tem o
direito de entrar com petições e
colocar os argumentos da forma que bem entender". Lembram que o processo citado pelo MPF está apenas há seis meses no Supremo e que a intimação do deputado é apenas uma
formalidade.
(FV)
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