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GOVERNO
Presidente tenta ampliar base de sustentação no Senado para votações
Lula vai se reunir com aliados do PFL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Como parte do esforço para
romper a paralisia do Congresso e
ampliar sua base de sustentação
no Senado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva janta hoje com
senadores da ala do PFL mais alinhada ao governo -no primeiro
dia da última semana de "esforço
concentrado" do Congresso antes
das eleições municipais.
O ministro Aldo Rebelo (Coordenação Política) também participa do encontro, na casa do ministro José Dirceu (Casa Civil).
Os senadores pefelistas Antonio
Carlos Magalhães (BA) e Roseana
Sarney (MA) são articuladores do
encontro entre Lula e outros senadores pefelistas, como César Borges (BA) e Edison Lobão (MA).
"Não fomos informados dessa
reunião. Primeiro, vamos ver se
ela ocorrerá mesmo. Depois,
quem vai participar. E, a partir
daí, vamos ver o assunto que foi
tratado na reunião. Vamos conversar. Trata-se de companheiros", disse o líder do PFL no Senado, José Agripino Maia, crítico do
governo Lula.
Nos bastidores do Palácio do
Planalto, estimula-se até a movimentação de setores do PFL alinhados ao governo para formar
um novo partido.
A partir de amanhã, quando os
trabalhos no Congresso se iniciam de fato, haverá 11 medidas
provisórias trancando a pauta da
Câmara e uma outra no Senado.
"Em primeiro lugar, vamos tentar votar as MPs, depois pensamos em projetos prioritários,
com a Lei de Falências", disse o
deputado Paulo Bernardo (PT-PR), presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso.
Amanhã, em sessão do Congresso já convocada pelo presidente do Senado, José Sarney
(PMDB-AP), o governo espera
aprovar o aditivo orçamentário
que prevê o reajuste salarial de
10% aos militares.
No Senado, o governo quer votar os projetos de Lei da Informática e de Biossegurança -que regulamenta a pesquisa e a venda de
transgênicos e as pesquisas com
embriões humanos.
"Esse esforço concentrado do
governo não será eficaz. Não houve negociação, e a pauta do Senado, se o governo conseguir, será
destrancada só na quinta-feira",
disse Agripino.
Para o senador Álvaro Dias, vice-líder do PSDB na Casa, os trabalhos deveriam ser concentrados na votação em segundo turno
da reforma do Judiciário. "Ela está pronta para ser votada, com negociações mais fáceis."
O governo ainda busca um
acordo sobre o projeto que cria as
PPPs (Parcerias Público-Privadas). Assessores da Secretaria de
Coordenação Política afirmam
que a semana do esforço concentrado será importante para discutir o projeto -para votá-lo somente após as eleições.
Na última sexta-feira, Aldo conversou com o ministro Guido
Mantega (Planejamento) e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), um dos maiores críticos do
texto. Na semana passada, Mantega anunciou alterações na proposta, como a que prevê que as
parcerias serão usadas na forma
de serviços, com as empresas como concessionárias, e não apenas
de realização de obras públicas.
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