São Paulo, quinta-feira, 13 de setembro de 2007

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CPMF

Mantega acena com acordo para aprovar a prorrogação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Guido Mantega (Fazenda) acenou ontem com a possibilidade de o governo fechar um acordo para permitir a aprovação da prorrogação da CPMF (imposto do cheque) no Congresso. Segundo ele, não adianta ter uma CPMF com uma taxa "elevada", mas que não seja de aprovação viável.
Hoje ele se reunirá com líderes da base aliada e o relator do assunto, deputado Antonio Palocci (PT-SP): "Os parlamentares têm a sensibilidade política. Ao Ministério da Fazenda cabe zelar pelos recursos públicos. Vamos dialogar e ouvir os pontos de vistas dentro de uma estratégia para aprovação", disse Mantega: "Minha propensão é por manter os 0,38%".
Mantega disse ser um equívoco pensar que o governo dispõe de uma folga na receita de R$ 20 bilhões que permita abrir mão de parte da arrecadação da CPMF: "Mandamos um projeto de Orçamento contando com os 0,38%. Se tiver de tirar algo da arrecadação, será preciso tirar algo das despesas".
A equipe econômica e Palocci preferem negociar a redução da contribuição patronal à Previdência a promover uma redução gradual da contribuição. Na primeira alternativa, a proposta de emenda da CPMF não precisaria ser alterada e poderia ser aprovada mais rapidamente.
Mas a segunda não chega a ser ruim para o Planalto: uma redução gradual de 0,02 ponto percentual ao ano da alíquota de 0,38% causaria uma perda de receita anual da ordem de R$ 2 bilhões.


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