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Reeleito nega ter dado apoio em troca de verba
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA
O governador reeleito de
Mato Grosso, Blairo Maggi
(PPS), negou ontem que o
presidente Luiz Inácio Lula
da Silva tenha obtido seu
apoio depois da liberação de
cerca de R$ 1 bilhão para renegociação de dívidas do setor agrícola do Estado.
Ele afirmou que esse dinheiro não beneficiará sua
empresa de grãos, a Amaggi,
que, segundo ele, não está
endividada. Disse que escolheu Lula por acreditar que o
petista vencerá as eleições e
que o agronegócio -que em
geral apóia Geraldo Alckmin
(PSDB)- ficaria sem um negociador junto à União.
No primeiro turno, Alckmin teve 54,8% dos votos válidos no Estado, contra
38,6% de Lula.
"Lula vai ganhar as eleições, na minha opinião. E
quem vai conversar depois
[com o presidente]? Todo
mundo se joga só de um lado", afirmou Maggi.
Além disso, segundo Maggi, os tucanos no Estado fizeram, durante a candidatura
do senador Antero Paes de
Barros, uma campanha cheia
de "baixarias, com muitos
ataques pessoais".
"A convivência com o
PSDB aqui ficou bastante
ruim. Não tive alternativa
política de estar com eles."
Durante a campanha, Paes
de Barros acusou repetidamente Maggi de estar ligado
aos escândalos do mensalão
e dos sanguessugas.
"Já apoiei Lula em 2002,
não tem nenhuma novidade". No primeiro turno, ele
não apoiou oficialmente nenhum candidato ao Planalto.
Em relação à sua possível
saída do PPS, ele repetiu a
versão segundo a qual mandou duas cartas para a direção da legenda. Em uma, pediu licença para apoiar Lula;
na outra, sua saída do partido. Segundo ele, não sabe
que decisão será tomada.
"Estou isolado, em uma fazenda aqui em Sapezal (464
km de Cuiabá)", disse.
Quanto à verba, disse que
"não cairá nenhum dinheiro
na conta do Estado de Mato
Grosso ou de um produtor".
Maggi afirmou que a verba
será para a liquidação de
contas dos produtores que se
complicaram devido à seca e
que o dinheiro será liberado
em até 90 dias.
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