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Reitores de universidades públicas vão apoiar reeleição
Decisão foi tomada após encontro com ministro
ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO
LUCIANA CONSTANTINO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Reitores de universidades federais preparam um documento, que deve ficar pronto até a
próxima semana, para dar
apoio à atual política educacional desenvolvida no governo
Luiz Inácio Lula da Silva. Dizem estar preocupados com
um possível "retrocesso" na valorização do ensino público.
Na semana passada, cerca de
30 reitores se reuniram à noite
com o ministro da Educação,
Fernando Haddad, em um restaurante em Brasília para discutir conjuntura e ações para o
setor. Após o encontro, a idéia
do documento ganhou força
entre os reitores.
O texto trará um "manifesto
de apoio" à continuidade de
programas como expansão das
vagas nas federais, aumento de
recursos para o custeio e o projeto Universidade Aberta (que
envolve ensino a distância).
Reitores ouvidos pela Folha
dizem que o documento não
será partidário nem citará governos, mas destacará a necessidade de continuação das políticas educacionais e investimento em todas as fases do ensino, do básico ao superior.
Afirmam que a reunião foi iniciativa de um grupo deles.
O ex-ministro da Educação e
deputado federal eleito pelo
PSDB, Paulo Renato Souza,
classificou de "absurdo" o encontro e viu "constrangimento". "Os reitores são dirigentes
subordinados administrativamente ao ministro. Há um
constrangimento nisso."
O atual ministro, Fernando
Haddad, diz que não partiu dele a iniciativa do encontro e que
ele não discutiu a elaboração
do documento com os reitores.
O reitor da Universidade Federal de Mato Grosso e presidente da Andifes (associação dos
reitores das federais), Paulo
Speller, diz que o documento
não será divulgado em nome da
entidade, mas assinado por dirigentes individualmente. "É
um grupo preocupado com a
educação. Independentemente
do resultado das eleições, esses
programas são estratégicos para a nação", disse Speller, um
dos responsáveis pelo texto.
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