São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 2008

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Outros atores

xinhuanet
Na foto da agência chinesa e de outras, Bernanke, Paulson, Bush, Mantega e Meirelles

A manchete on-line do "Financial Times", à noite, ressaltava a corrida em Washington, Londres e agora de toda a União Européia para nacionalizar "parte" dos maiores bancos privados do Ocidente.
Antes, as manchetes de papel do "Washington Post" ao indiano "The Hindu" ressaltavam os novos atores globais, no caso, o G20 financeiro com "gigantes emergentes como China e Brasil" e foi "presidido pelo ministro das finanças do Brasil". No "WP", "Líderes mundiais oferecem unidade, mas sem dar passos para conter a crise". No "Hindu", "G20 promete estabilizar mercados" e "usar todas as armas". A agência Xinhua sublinhava "Por que o G20 se mostra vital na crise global", dizendo ser a ponte entre ricos e emergentes. Pelo G20, por todo lado, falou Guido Mantega.

NA LINHA DE TIRO
Por outro lado, "New York Times", "Telegraph" e o site da "Forbes" avaliaram os emergentes como mercado. O primeiro sublinha que, de exportadores de commodities como o Brasil a importadores como a China, em todos os investidores vêm perdendo. Eles estão "na linha de tiro".

"OPORTUNIDADES"
Mas o site Market Watch, vinculado ao "Wall Street Journal", e outros fecharam a semana com Mark Mobius, investidor de referência nos emergentes, dizendo que "o prognóstico é bom", apesar do "irracionalismo" corrente, pois as ações dos Brics estão agora em nível muito baixo.



IRRIGANDO O MERCADO

No topo das buscas de Brasil pelo Yahoo News, a Bloomberg, site e TV, entrevistou o presidente do BNDES -que previu R$ 1,9 por dólar "nas próximas semanas", mantendo "a competitividade dos exportadores do país".
Já o "Valor" fechou a semana anunciando que o governo "estima gastar US$ 20 bilhões das reservas" para "irrigar o mercado de câmbio". Antes, o jornal soltou análise avisando que o "mercado não quer dólar. Quer especular".



"MORTEM!"
BarryBlitt/nytimes.com
Os colunistas Frank Rich (ilustração à dir.) e Maureen Dowd, ontem no "NYT", abriram fogo contra John McCain e Sarah Palin pelo ataque sem fim ao "caráter" de Barack Obama, tanto em comerciais como discursos. Eles têm levado multidões a gritos de "terrorista!" ou "matem-no!", diante dos candidatos republicanos.
Rich lembrou Abraham Lincoln e Martin Luther King, ambos assassinados. Dowd, com ajuda de um professor, fez uma paródia em latim e inglês de "A Guerra da Gália", de Júlio César, ironizando os ataques republicanos que levam aos gritos, escreve ela, de "Mortem!", "Bomba Obamam!", "Amator terroris!".
Mas o Gallup mostra que a vantagem do democrata já caiu quatro pontos. E o republicano diz que vai continuar.



EM MODO DE DESTRUIÇÃO

Reprodução
"É casado? Tem filhos?"

Gilberto Kassab, neste segundo turno, chegou a falar em "dona Marta", mas já trata de evitar. Já Marta Suplicy perde o controle e, por locutor, marca o seu retorno ao horário eleitoral com uma insinuação contra a vida pessoal do prefeito, em mais de um comercial.
Em desespero como John McCain, a petista apela às emoções mais baixas do eleitorado, contra décadas de sua própria vida pública. Segue Karl Rove, o marqueteiro republicano que veio a simbolizar -e depois espalhar- a estratégia de destruição de "caráter", que decidiu as últimas eleições nos EUA.

LULA VS. SERRA
Fora dos comerciais, Marta apelou a Lula e Kassab a José Serra, como antes. No mais das vezes, foi o que portais e sites deram, da propaganda. Pouco ou nada do comercial.

POR QUÊ?
Kennedy Alencar postou "por que Marta vai perder", segundo Lula. Em "conversas reservadas", é "porque deixou de fazer aliança com PMDB". Que quer para Dilma Roussef.

OUTRO LADO
Marcia Menezes/g1.globo.com
Enquanto Marta se perdia no preconceito eleitoral, o também petista Carlos Minc surgia ontem com o governador do Rio, do PMDB, na Parada Gay destacada pelo G1



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