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CRIME ORGANIZADO
Parentesco com membro de esquema de lavagem de dinheiro não tem fundamento, diz ex-ministro
Ciro não é parente de acusado pela PF
da Redação
É falsa a informação de que o pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes seria
primo do empresário cearense Alexander Diógenes
Ferreira Gomes. O suposto parentesco é apontado pela Polícia Federal, que investiga Diógenes Ferreira Gomes.
"Isso não tem o menor fundamento", disse Ciro. "É impressionante. Esse cara não tem nenhum
parentesco comigo, zero."
A Polícia Federal diz ter descoberto, com o auxílio do Banco
Central e da Receita Federal, que
Diógenes Ferreira Gomes comandaria um megaesquema de lavagem de dinheiro no Nordeste. Teria lavado quantia superior a U$
150 milhões. O empresário nega
que tenha cometido qualquer irregularidade.
A informação do falso parentesco do empresário com Ciro chegou a ser repassada pela PF ao Palácio do Planalto.
"Aqui no Ceará, Ferreira Gomes, depois de Silva e Pereira, é o
nome mais comum", afirma Ciro.
"Não há parentesco nem remoto.
Isso é chocante. Só posso concluir
que a briga política está ficando
pesada."
Ciro conhece o empresário Diógenes Ferreira Gomes. "Aqui no
Ceará ele é um empresário conhecido, notório, que tem boa fama,
nunca ninguém falou nada contra
ele. Mas tudo bem que a polícia
faça a sua investigação. O que não
dá é sair por aí dizendo que sou
primo do cara. Aí já é demais."
Batizada de "Operação Nordeste", a investigação em torno de
Diógenes Ferreira Gomes começou em 1997. O Banco Central recebeu denúncias de lavagem de
dinheiro no Ceará. Repassou-as à
polícia, que abriu inquérito.
Volume
Dados em poder do BC, da Receita e da PF indicam que Alexander teria lavado pelo menos US$
150 milhões por meio de 15 empresas controladas por ele, entre
elas a Acctur Câmbio e Turismo,
de sua propriedade.
O rastreamento das contas ainda não terminou. Dados preliminares do Banco Central indicam
que o valor pode ser muito superior aos US$ 150 milhões já descobertos.
Alexander seria, de acordo com
procuradores que atuam no caso,
um dos maiores lavadores de dinheiro de empresas do Ceará, do
Rio Grande do Norte, de Pernambuco e do Maranhão.
O Banco Central cancelou a autorização para que empresas do
esquema supostamente controladas por Alexander operem no
mercado de câmbio.
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