São Paulo, sexta-feira, 13 de dezembro de 2002 |
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PAINEL Diplomacia militar José Viegas, embaixador do Brasil na Rússia, é o provável novo ministro da Defesa. Só não será nomeado se Lula precisar do cargo para alguma composição política de última hora. Sem desagrado Em reunião com militares, Lula apresentou três nomes para a Defesa: Viegas, José Genoino e Aldo Rebelo (PC do B). Não houve vetos. Mesmo assim, o petista prefere optar por um diplomata a correr o risco de enfrentar uma crise por escolher um político para o cargo. Aparência de aliado Henrique Meirelles reuniu-se duas vezes com o PL após eleger-se deputado pelo PSDB-GO. Sua filiação à sigla dos liberais, com o objetivo de se aproximar do governo Lula, era dada como certa, mas não deve ocorrer mais, após sua nomeação no BC. Briga por espaço Valdemar Costa Neto, presidente do PL, diz que agora não quer a filiação de Meirelles: "Se ele se filiasse, José Dirceu diria que o BC está na cota do PL". Primeiro da fila A indicação do banqueiro Meirelles para o BC fez com que petistas lembrassem da promessa de Lula de levar seus principais auxiliares no futuro governo para conhecer a miséria pelo Brasil. Na campanha para deputado em Goiás, o tucano gastou R$ 887 mil do próprio bolso. A longo prazo Meirelles pediu ao PT que tente encontrar uma fórmula para que não precise renunciar ao mandato na Câmara, como prevê a Constituição. Teme ser mal compreendido pelo seus eleitores. O tucano quer disputar o governo de GO, em 2006. Czar da moeda Analisa-se no PT a hipótese de se criar um cargo de ministro extraordinário de política econômica para Meirelles, que acumularia as funções no BC. O que supostamente evitaria a necessidade de renúncia do tucano. Ganhar corpo Geraldo Alckmin (SP) quer ter o ministro Barjas Negri (Saúde) em seu secretariado em 2003. Já de olho na sucessão de Lula, pretende dar um caráter de ministério ao seu novo gabinete. De mudança Maria Helena Castro, secretária-executiva do Ministério da Educação de FHC, também poderá se transferir para a gestão Alckmin. Gabriel Chalita, que hoje comanda o setor em SP, seria indicado para outra pasta. Tango brasileiro Ao nomear um tucano para o BC -dizia-se ontem no Congresso-, Lula seguiu o exemplo de Fernando de la Rúa (Argentina). Colocou político de um partido adversário num posto-chave do comando da economia. Canalização de recursos Luciano Barbosa (Integração Nacional) liberou desde novembro R$ 14,8 mi para Arapiraca (AL), cidade administrada por sua mulher. No período, o município de SP recebeu R$ 20 mi. Final de mandato Aécio Neves (PSDB) mandou a Câmara comprar, a R$ 1,90 por unidade, 25 mil exemplares da edição de final de ano de uma publicação particular intitulada "Jornal do Congresso". Meses atrás, a própria Casa havia recusado a compra. Agora, a ordem veio do gabinete do presidente. Leitura obrigatória Os jornais da edição comemorativa serão distribuídos na Câmara. O Senado também mandou comprar 15 mil exemplares. Homenagem vetada Prefeito em exercício de SP, Hélio Bicudo (PT) vetou lei que dava o nome de Carlos Lamarca a uma escola - projeto do vereador Carlos Giannazi que havia sido aprovado na Câmara. Radiografia da pasta O futuro ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, diz que não convidou o agente Francisco Garisto, com quem falou anteontem, para dirigir a PF: "Estou só mapeando problemas". TIROTEIO Do tucano André Franco Montoro Filho, ex-secretário de Economia e Planejamento de SP, sobre Henrique Meirelles (PSDB) ser nomeado para o BC: - Finalmente o PSDB conquistou o Banco Central. CONTRAPONTO Vida de gado
Miro Teixeira (PDT-RJ), provável ministro das Comunicações no governo Lula, foi cicerone de dois deputados federais
eleitos, anteontem à tarde, no
Congresso. No caminho, apresentou os novatos ao colega
Eduardo Campos (PSB-PE): |
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